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SP: exército começa a atuar contra a dengue pelo bairro do Limão

Oficiais do Exército brasileiro atuam no combate à dengue em Campinas (SP), no início de abril - Denny Cesare/Código19/Estadão Cónteúdo
Oficiais do Exército brasileiro atuam no combate à dengue em Campinas (SP), no início de abril Imagem: Denny Cesare/Código19/Estadão Cónteúdo

Juliana Diógenes

Em São Paulo

17/04/2015 19h42

O primeiro bairro a contar com o reforço do Exército no combate à dengue será o do Limão, na zona norte, um dos mais atingidos na capital paulista, de acordo com o Comando Militar do Sudeste. O prefeito Fernando Haddad informou nesta quinta-feira, 16, que a partir da próxima semana as visitas dos profissionais de saúde para identificar e coibir focos do mosquito ganharão o reforço de 50 soldados do Exército, solicitados por Haddad para dar mais segurança aos agentes em bairros com maiores índices de violência.

O treinamento dos soldados será na quarta-feira, 22. Eles entrarão em dupla com os agentes nas residências para identificar os criadouros do mosquito. "Estaremos sem armamentos. Este é um procedimento adotado em ações subsidiárias. Estamos atuando como mão amiga, desarmados", afirmou o coronel Ricardo Piai Carmona, chefe de Comunicação do Comando Militar do Sudeste.

Segundo Haddad, o apoio do Exército vai garantir mais "respaldo" às operações. "Queremos usar esses profissionais mais qualitativamente. Porque, em alguns bairros, sobretudo onde há muita violência, a pessoa às vezes se recusa a abrir as portas para a Vigilância Sanitária", disse o prefeito. "Então, não é um problema quantitativo, é qualitativo. Se a pessoa (agente) está acompanhada de um soldado, o morador se sente mais seguro para abrir."

Dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam que São Paulo registra 12 casos da doença por hora. No primeiro trimestre de 2015, a cidade atingiu o triplo de casos do ano passado: 8.063, ante 3.183 no mesmo período de 2014.

Ontem, a Prefeitura também instalou uma tenda na Lapa, zona oeste, ao lado do Hospital Sorocabano. Já são seis equipamentos em funcionamento, com capacidade para o atendimento diário de até 200 pessoas cada um.

Na zona norte, há três: a tenda da Brasilândia, ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vista Alegre; a da Freguesia do Ó, no Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) Vila Palmeiras; e uma no Jaraguá, na AMA/UBS Elísio Teixeira Leite. Na zona sul, são duas em funcionamento: no interior da Subprefeitura de Cidade Ademar e outra anexa ao Hospital M'Boi Mirim.

Até a semana que vem, serão instaladas mais três tendas. Na zona oeste, haverá uma no Hospital Professor Mario Degni, no Rio Pequeno. A zona leste ganhará duas: na Vila Nova Manchester, no Carrão; e em Itaquera, anexa ao Hospital Professor Waldomiro de Paula.