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Exército começa a atuar no combate à dengue na capital paulista

Valdemar Campi observa cabos do Exército eliminando um possível foco de reprodução do mosquito da dengue em sua residência no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo, nesta quinta-feira (23). A Prefeitura está recebendo ajuda de médicos do Exército para combater a dengue na capital paulista. Os profissionais devem atuar em unidades de pronto atendimento e atendimento de urgência à população atingida pela dengue. Os militares também acompanham agentes de saúde nas casas, especialmente nos bairros com maiores índices de violência, onde há resistência dos moradores em abrir a porta - Werther Santana/Estadão Conteúdo
Valdemar Campi observa cabos do Exército eliminando um possível foco de reprodução do mosquito da dengue em sua residência no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo, nesta quinta-feira (23). A Prefeitura está recebendo ajuda de médicos do Exército para combater a dengue na capital paulista. Os profissionais devem atuar em unidades de pronto atendimento e atendimento de urgência à população atingida pela dengue. Os militares também acompanham agentes de saúde nas casas, especialmente nos bairros com maiores índices de violência, onde há resistência dos moradores em abrir a porta Imagem: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Fabiana Cambricoli

Em São Paulo

23/04/2015 17h08

Os agentes de zoonoses da Prefeitura de São Paulo iniciaram nesta quinta-feira, 23, o trabalho de combate à dengue em conjunto com 50 soldados do Exército. Cada militar passou a acompanhar um agente municipal nas visitas às casas na busca por possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com o secretário adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, a inclusão de militares nas visitas é necessária diante do alto número de recusas de moradores em abrir suas casas. "De cada dez residências que a Prefeitura visita, duas têm moradores que não permitem a entrada. Com a presença dos militares, achamos que os cidadãos vão se sentir mais seguros em abrir a porta", disse.

Cada uma das 50 duplas formadas por um agente de zoonoses e um soldado visita, em média, 25 casas por dia. "Vamos atuar por 30 dias, mas o acordo pode ser prorrogado, se necessário. No interior de São Paulo, já são 580 soldados atuando nesse trabalho e o resultado é muito positivo", disse o coronel Ricardo Carmona.

No primeiro dia de trabalho, os soldados visitaram casas na região do Limão, um dos distritos mais afetados pela dengue no ano. Em toda a cidade, já são mais de 8 mil casos confirmados. "Eu já fui assaltada e não gosto de deixar gente estranha entrar em casa, tenho medo de ser ladrão disfarçado. Com o Exército, dá mais segurança", afirma a aposentada Shirlei Ferreira, de 74 anos, que teve a casa visitada pela manhã.