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Cidade de Limeira vai testar novo inseticida contra dengue

Pacientes são atendidos em tenda montada para casos de dengue em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, no dia 7 de maio - Nilton Cardin/Estadão Conteúdo
Pacientes são atendidos em tenda montada para casos de dengue em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, no dia 7 de maio Imagem: Nilton Cardin/Estadão Conteúdo

18/05/2015 20h43

Sorocaba - O Centro de Controle de Zoonoses de Limeira, no interior de São Paulo, começa a usar nesta quarta-feira, 20, o novo inseticida contra a dengue que o Ministério da Saúde passou a distribuir desde que o Malathion entrou em falta nos estoques do governo. O produto será retirado na unidade regional da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em Campinas. As equipes da zoonoses ainda não sabem se o novo produto - o Lambdacyhalotrina 5 CE - tem a mesma eficácia do Malathion, por isso serão feitos testes em algumas áreas.

De acordo com a assessoria de imprensa, a informação de que o inseticida estava em falta foi dada pela Sucen estadual quando o município solicitou o Malathion para dar sequência à nebulização contra o mosquito transmissor da dengue. Através de ofício, a Sucen informou que o Ministério da Saúde iria disponibilizar o outro produto para que o controle não sofresse interrupção.

O ofício informava ainda que o Ministério da Saúde já providenciou a importação de um novo lote de Malathion, que será entregue em junho. Limeira enfrenta epidemia da doença, com 13,7 mil casos confirmados, 13,8 mil à espera de resultado de exames e 16 mortes confirmadas, além de duas em investigação.

Em Campinas, apesar do avanço da dengue, a nebulização com o uso de veículos nos bairros com maior número de casos não foi feita nos últimos meses, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura. De acordo com o município, essa nebulização é "de responsabilidade 100% da Sucen, que fornece os veículos e profissionais". Mesmo indagada, a assessoria não informou se a suspensão decorria da falta do inseticida.

A cidade tem 32,6 mil casos e sete mortes confirmados. As prefeituras de Marília e São José do Rio Preto já foram informadas de que o inseticida será trocado, mas as nebulizações não sofreram atraso.

A epidemia de dengue continua avançando no interior. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Saúde de São José do Rio Preto confirmou 4 mil casos, além de 2,8 mil à espera de resultados. O número de mortes confirmadas subiu para quatro, com o resultado positivo de uma mulher de 35 anos que morreu no último dia 13. Segundo a prefeitura, a cidade ainda tem estoque do inseticida.

Em Sumaré, 9,2 mil pessoas já tiveram dengue, conforme boletim divulgado nesta segunda-feira. Em três dias, houve 810 novos registros da doença. Já são quatro mortes confirmadas e outras quatro em investigação. Soldados do Exército dão apoio ao trabalho de controle do mosquito.