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Capital paulista registra mais cinco mortes por dengue

Fabiana Cambricoli

21/05/2015 17h44

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta quinta-feira, 21, mais cinco mortes por dengue na cidade, o que eleva para 13 o número total de óbitos no ano. De 1º de janeiro ao dia 8 de maio, 57.794 paulistanos foram infectados pela doença, quase o triplo de registros do mesmo período do ano passado. A secretaria anunciou, no entanto, que o pico da doença foi superado e que já se observa redução no número de casos semanais.

"A queda da temperatura e, principalmente, nosso trabalho conjunto com o exército e com a sociedade na eliminação dos criadouros do mosquito teve esse impacto de diminuição dos casos", explicou Paulo Puccini, secretário municipal adjunto da Saúde.

Ele afirmou que as ações de controle da epidemia permitiram que se invertesse a tendência de crescimento da doença já na 14ª semana epidemiológica, o que costuma ocorrer somente na 16ª.

"Apesar dessa queda, não podemos baixar a guarda na prevenção. A crise hídrica deverá se agravar no inverno e as pessoas vão continuar armazenando água. Temos que continuar o trabalho de conscientização para termos um quadro mais brando de dengue no ano que vem", disse.

Entre as novas vítimas fatais da dengue estão três homens, de 56, 69 e 79 anos, e duas mulheres, de 32 e 55 anos. Dois eram moradores do Rio Pequeno (zona oeste) e os demais viviam nos bairros da Brasilândia, Pirituba (zona norte) e Itaim Paulista (zona leste).

Cerca de 37% dos casos foram registrados na zona norte da cidade, região mais afetada. Apesar da redução de casos, a cidade tem, no acumulado do ano, recorde de bairros com índice de incidência da doença no nível de epidemia. Dos 96 distritos paulistanos, 54 têm taxa superior a 300 casos por 100 mil habitantes.

Como a incidência da doença começou a cair, a secretaria decidiu encerrar gradativamente o funcionamento das dez tendas emergenciais de atendimento. Três já foram fechadas na semana passada e outras duas serão desativadas nesta sexta-feira, 22. "No período de pico tínhamos até 200 atendimentos por dia em cada tenda. Agora, o número caiu para 60 em algumas, o que não justifica a manutenção desse serviço. Essa demanda pode ser facilmente absorvida pela nossa rede", disse Puccini.