Topo

Ministro afirma que não há previsão para vacina contra dengue no Brasil

Criança recebe vacina contra dengue na Tailândia, em estudo de fase 3 conduzido pela Sanofi Pasteur desde 2011. Segundo a farmacêutica, houve redução de 56% dos casos da doença nos cinco países da Ásia que receberam a imunização. Estudo semelhante está sendo conduzido na América Latina e inclui o Brasil - Sanofi Pasteur
Criança recebe vacina contra dengue na Tailândia, em estudo de fase 3 conduzido pela Sanofi Pasteur desde 2011. Segundo a farmacêutica, houve redução de 56% dos casos da doença nos cinco países da Ásia que receberam a imunização. Estudo semelhante está sendo conduzido na América Latina e inclui o Brasil Imagem: Sanofi Pasteur

02/06/2015 12h42

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou na manhã desta terça-feira (2), que não há previsão para o governo federal disponibilizar vacina contra a dengue para a população, uma vez que não existe ainda uma que seja segura e eficaz.

"Não é porque existe um clamor da população que vamos fazer uma avaliação apressada. O Brasil não vai virar plataforma mundial de lançamento de produtos sem eficácia e segurança. Não seremos tensionados por estratégias de mercado", disse Chioro, no Rio de Janeiro, ao comentar os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo a qual 12,9% dos brasileiros disseram já ter tido dengue.

O ministro considera que a grande quantidade de casos da doença neste ano se deveu ao fato de os governos e a população terem "relaxado" nos cuidados, diante da melhora nos índices de doentes de 2014.

"A pesquisa de baseou em declarações autorreferidas. Provavelmente o número de casos é superior", alertou.

Chioro analisou positivamente o fato de três em cada quatro brasileiros buscarem atendimento na rede pública de saúde e de 95,3% conseguirem atendimento na primeira vez em que procuraram - dados também revelados pela pesquisa do IBGE.

O ministro disse que "todas as pesquisas de satisfação mostram alto índice de satisfação" em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), seja na internação, na atenção básica ou na aquisição de medicamentos. "No Brasil se criou uma imagem de que há negativa de atendimento que não existe de verdade", garantiu.

O ministro ressaltou que a pesquisa - feira entre 2012 e 2013 em todas as unidades da federação - ainda não mostra o impacto do programa Mais Médicos, que ampliou a oferta de profissionais.