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Hospital São Paulo retomará internações não emergenciais

Em São Paulo

20/06/2015 11h58

O Hospital São Paulo, administrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), decidiu ontem retomar as internações eletivas - aquelas que não são de emergência. O centro médico havia interrompido esse serviço anteontem por falta de verbas. A medida foi reavaliada após o anúncio de repasses de R$ 4 milhões do Ministério da Educação e R$ 3 milhões da Secretaria Estadual de Saúde ao hospital, na Vila Clementino, zona sul.

As internações, de acordo com a universidade, serão retomadas para pacientes oncológicos. "À medida que os recursos estejam disponíveis e o abastecimento restabelecido, os demais pacientes serão chamados para internação", informou a Unifesp, em nota. As internações eletivas correspondem a cerca de metade das 2,2 mil internações que o hospital faz por mês. Além das ajudas federal e estadual, a unidade recebeu apoio da Secretaria de Saúde do município. De acordo com a pasta, haverá cessão de insumos hospitalares requisitados pelo hospital. Ela não detalhou, porém, quantos e quais materiais serão repassados.

Junto do Hospital das Clínicas e da Santa Casa, o Hospital São Paulo é um dos três principais centros médicos para atendimentos de alta complexidade da capital. A unidade é responsável pela cobertura de uma área de 5 milhões de habitantes.

Braços cruzados

Apesar do anúncio de mais recursos, a direção do Hospital São Paulo ganhou nova preocupação para a próxima semana. Os médicos residentes do hospital farão assembleia na segunda-feira para decidir se entram em greve.

Os profissionais pedem melhores condições de trabalho. A categoria reclama que, além da falta de verbas federais, houve aumento de trabalho nos últimos meses. São mais de mil médicos residentes no hospital, segundo o sindicato do setor.

A Unifesp informou que recebeu as reivindicações e está aberta para negociar. Disse que não concorda, porém, com a possível paralisação. O hospital já enfrenta uma greve de servidores públicos federais, iniciada no fim de maio. Esse movimento afetou, principalmente, setores de enfermagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.