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Nova gestão da Santa Casa diz que diminuição de atendimentos foi revertida

12.dez.2014 - Funcionários de todos os setores da Santa Casa de São Paulo dão um abraço simbólico no complexo hospitalar - J. Duran Machfee/ Estadão Conteúdo
12.dez.2014 - Funcionários de todos os setores da Santa Casa de São Paulo dão um abraço simbólico no complexo hospitalar Imagem: J. Duran Machfee/ Estadão Conteúdo

Em São Paulo

03/09/2015 08h53

Levantamento da nova gestão da Santa Casa mostra que o Hospital Central, no centro da capital, principal unidade médica da instituição, já reverteu a queda no número de atendimentos registrada no ano passado, quando houve o agravamento da crise financeira da entidade.

Desde maio, o hospital passou a fazer mais atendimentos do que no mesmo período no ano passado. Em julho, último dado disponível, a unidade de saúde fez 316.860 procedimentos, entre consultas, exames, cirurgias e partos, entre outros procedimentos. No mesmo mês do ano passado, foram 263.205 atendimentos. A alta é de 20%.

A única área que segue com produção mais baixa do que no ano passado é a de cirurgia. Em julho, foram 2.338 operações no hospital central, ante 2.946 no mesmo mês de 2014. Por outro lado, o número de exames passou de 180.099 para 215.617 e o de atendimentos ambulatoriais subiu de 31.833 para 41.444 no mesmo período.

Para José Luiz Setúbal, provedor da Santa Casa, a entidade terá de renegociar os contratos com o Sistema Único de Saúde (SUS) para priorizar atendimentos de alta complexidade. "Vamos continuar com todos os setores, mas temos de priorizar procedimentos complexos, porque os simples podem ser feitos em outras unidades."

Hospital particular

O provedor disse que a adoção do plano de reestruturação já permitiu que as duas unidades do Hospital Santa Isabel, que pertencem à Santa Casa e atendem pacientes particulares e de convênios médicos, deixassem de dar prejuízo. "Quando assumimos, o hospital estava com 30% de ocupação e conseguimos aumentar esse índice para 70%. Antes, o déficit mensal era de R$ 4 milhões; em setembro, já zeramos esse déficit e, no mês que vem, vamos conseguir ter lucro."

De acordo com Setúbal, a receita extra gerada no hospital particular vai ajudar a cobrir o déficit nas unidades que prestam atendimento ao SUS. "A Santa Casa funcionava como caixa d’água cheia de furos. Tinha muitos focos de ineficiência. A medida que formos melhorando a gestão, vamos tapando esses furos", completa o atual provedor. O Estado procurou o ex-provedor da Santa Casa Kalil Rocha Abdalla, mas não o localizou. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)