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OMS recomenda vacina contra febre amarela para quem viaja a São Paulo

Técnico manipula vacina contra a febre amarela em Ribeirão Preto (SP) - Mastrangelo Reino-10.nov.2016/Folhapress
Técnico manipula vacina contra a febre amarela em Ribeirão Preto (SP) Imagem: Mastrangelo Reino-10.nov.2016/Folhapress

21/03/2017 08h20

A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina contra febre amarela para todos os viajantes internacionais que se destinam ao Estado de São Paulo, com exceção das áreas metropolitanas da capital e de Campinas. A orientação, divulgada ontem, é mais abrangente do que a adotada atualmente no Estado, pois inclui toda região litorânea paulista, hoje considerada livre de risco para a doença.

O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, o infectologista Marcos Boulos, afirmou que a mudança da OMS não vai alterar a recomendação local. "Não vemos atualmente motivo para vacinar a população do litoral. Não há até o momento nenhum indício de risco de febre amarela naquela região."

Boulos acredita que a recomendação da OMS foi tomada diante dos casos na Serra do Mar do Rio e do receio que os casos avancem para São Paulo. "O monitoramento está sendo realizado. Os casos ocorreram numa região distante do litoral paulista", completou.

O diretor assegurou que, caso seja observado o aparecimento de infecções suspeitas ou de mortes de macacos com indícios da doença em áreas mais próximas à capital, a estratégia será revista. Boulos afirmou ainda ser necessária cautela na indicação da vacina contra febre amarela. Ele se lembrou do risco, apesar de pequeno, de reações adversas.

Além de São Paulo, a OMS recomenda que viajantes que se destinam para o Rio (exceto capital e Niterói) também sejam imunizados. Esta é a terceira alteração nas orientações a viajantes feitas pelo organismo neste ano. Em janeiro, estendeu-se a indicação da vacina para 69 municípios do sul e sudoeste da Bahia. No dia 6 deste mês, foi a vez do Espírito Santo. O governo federal não comentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lígia Formenti, correspondente em Brasília