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Primeira morte por febre amarela em 2018 é confirmada no Rio de Janeiro

Roberta Jansen

No Rio de Janeiro

12/01/2018 16h08

A primeira morte do ano por febre amarela no Rio de Janeiro foi confirmada no início da tarde desta sexta-feira (12) pela Secretaria Estadual de Saúde. A vítima morava em Teresópolis, na região serrana.

Também foi relatado um outro caso da doença, em Valença (a 158 km da capital), cuja vítima está internada. A pasta, no entanto, não detalhou o estado de saúde dela. 

Os casos foram confirmados após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

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Em 2017, foram registrados 27 casos confirmados de febre amarela silvestre em humanos no Estado, sendo que nove deles evoluíram para óbito. As ocorrências foram nos municípios de Casimiro de Abreu, São Pedro da Aldeia, Porciúncula, Maricá, Macaé, Silva Jardim, Santa Maria Madalena, Cachoeiras de Macacu, Niterói, São Gonçalo, Bom Jesus do Itabapoana, Nova Friburgo, Conceição de Macabu e Guapimirim. 

Desde julho do ano passado, todos os 92 municípios do Estado já estão incluídos na área de recomendação da vacina e na campanha de vacinação permanece. Também foi adotada a criação de cinturões de bloqueio, recomendando a vacinação contra a febre amarela principalmente em municípios de divisa com Espírito Santo e Minas Gerais (áreas de risco para a doença).

Campanha de vacina fracionada 

Na última terça-feira (9), o Ministério da Saúde anunciou uma nova campanha de vacinação contra febre amarela, que contará com a aplicação de doses normais e fracionadas da vacina, em 17 municípios do Estado do Rio de Janeiro: Aparecida, Arapeí, Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Seropédica.

A campanha ocorrerá do dia 19 de fevereiro a 9 de março, sendo o dia 24 de fevereiro o dia D de mobilização. Estima-se que 2,4 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 7,7 milhões a padrão no Estado. 

De acordo com o governo, a estratégia de fracionamento da vacina é recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional e que não tinham recomendação para vacinação anteriormente. Estudos indicam que a dose fracionada da vacina oferece proteção similar à da dose padrão por ao menos 8 anos. A proteção da dose integral dura para a vida toda. 

A vacinação fracionada é recomendada para pessoas a partir dos dois anos de idade. Mas não é indicada para crianças de 9 meses a menores de dois anos e para pessoas com condições clínicas especiais (como vivendo com HIV ou em período final de quimioterapia, por exemplo) e gestantes, que devem ser vacinadas com a dose integral. 

o fracionamento da vacina da febre amarela, a mesma vacina é utilizada, só que em dose menor. A diferença está no volume e no tempo de proteção. A dose padrão possui 0,5 ml e protege por toda a vida, enquanto a dose fracionada tem 0,1 ml e protege por oito anos, segundo estudos realizados pelo Instituto Biomanguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fabricante da vacina.