Comportamento materno ajuda a prever se criança será obesa, diz estudo
Pesquisadores podem prever as chances de uma criança se tornar obesa ao examinar o comportamento da mãe durante a gravidez. É o que declara estudo realizado na Universidade de Montreal e publicado na Archives of Pediatric and Adolescent Medicine.
Os pesquisadores analisaram dados de crianças, de 1998 a 2006, e selecionaram 1.957 pacientes que tinham tido sua altura e peso medidos desde o nascimento até oito anos de idade.
A equipe mediu o índice de massa corpórea (IMC) das crianças e as dividiram em três grupos: as que tinham um IMC baixo e estável, as que tinham um índice moderado e as que tinham um alto e que ainda crescia.
De acordo com Laura Pryor, pesquisadora envolvida no estudo, todos os grupos de criança até dois anos e meio apresentaram IMC parecidos. Mas depois dessa idade, o grupo que hoje tem o IMC mais elevado, começou a ter o índice aumentado e com cinco anos, 50% das crianças do grupo eram obesas.
Os fatores descobertos pelos pesquisadores que explicavam essa tendência era o fato das mães terem engordado muito durante a gravidez e o tabagismo. As crianças cujas mães estavam acima do peso e fumavam durante o período tinham mais chances de ter o IMC alto. A pesquisa aponta estes fatores como mais importantes até mesmo do que o peso com que a criança nasceu.
Os fatores de risco, no entanto, não são as causas diretas do desenvolvimento da obesidade infantil e para confirmar esse fato mais pesquisas serão necessárias. "O estudo mostra que o comportamento materno afeta o desenvolvimento da obesidade em crianças, mas ainda é preciso ver de que forma a família terá que intervir para prevenir a doença", afirma Pryor.
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