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Gêmeas siamesas nascem com coração fundido em Sergipe

Gêmeas siamesas nasceram com coração fundido e estão na UTI - Ricardo Pinho/FHS
Gêmeas siamesas nasceram com coração fundido e estão na UTI Imagem: Ricardo Pinho/FHS

Paulo Rolemberg

Para o UOL Ciência e Saúde, em Aracaju

28/12/2011 13h35

Médicos da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju (SE), acompanham duas gêmeas siamesas que nasceram, no último dia 22, com o coração fundido. A equipe descarta a possibilidade de cirurgia de separação das meninas Karinny Vitória e Kamille Vitória que nasceram pesando 4,435 kg.

As gêmeas estão no isolamento da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn) e, segundo o cardiologista Marcos Alves Pavione, estão estáveis e respiram sem ajuda de aparelhos, fazendo apenas o uso de oxigênio. Ele descartou a possibilidade de cirurgia de separação. “É contra indicado no momento. Elas apresentam sinais de cansaço no coraçãozinho.”, disse. O médico informou que, nestes casos de coração fundido, as crianças geralmente sobrevivem por cerca de três meses.

As meninas serão submetidas a uma ressonância magnética e o resultado será enviado ao médico Marcelo Jatene, do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, para avaliação. “Mantemos contato com o Incor, hospital de referência nesses casos e estamos compartilhando as informações”, explicou o cardiologista.

  • Ricardo Pinho/FHS

    As meninas são da cidade de Amparo de São Francisco, a
    128 quilômetros de Aracaju

“O cardiologista não está com muita fé [sobre a sobrevivência], mas tenho fé em Deus que vai dar tudo certo. Enquanto houve fé há esperança”, disse o pai das gêmeas, Cris Magno dos Santos, um servente de pedreiro que está desempregado, afirmando que ele e a mulher – a dona de casa Aline Ferreira – descobriram que as filhas nasceriam siamesas na primeira ultrassonografia realizada apenas no sexto mês de gestação.

“Eu não via a hora de elas nascerem para que eu pudesse conhecer os rostinhos das minhas filhas”, revelou a dona de casa, informando que “chegaram” a sugerir um aborto.

Os pais de Karinny e Kamille, que são da cidade de Amparo de São Francisco, a 128 km de Aracaju, pedem auxílio para o enxoval das recém-nascidas. “Precisamos de fraldas, material de higiene e roupinhas. Para se ter uma ideia, não temos sequer um berço”, pediu o pai. As doações devem ser entregues no setor que fica localizado logo na entrada principal da maternidade ou pelo telefone (79) 3225-8671.