Nada é mais seguro contra a dengue que evitar a água parada, diz especialista
Quando chega o verão, a mesma cena se repete todos os anos: o aumento dos casos de dengue no país. É nesta época que o mosquito transmissor do vírus da doença, o Aedes aegypti, encontra o ambiente ideal para sua reprodução.
As larvas do mosquito são incubadas em locais com presença de água parada. Ainda não existe uma vacina para prevenir a doença, por isso a eliminação desses criadouros é tão importante. São medidas simples, como evitar deixar água parada em vasos de plantas e pneus velhos, por exemplo. Reservatórios como caixas de água e piscinas também devem ficar tampados e cobertos. “Nada é mais seguro do que evitar a água parada. Não deixar a larva surgir é mais eficiente do que tentar eliminá-la depois com produtos químicos”, diz Renato Grinbaum, infectologista do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O mosquito da dengue é menor e mais escuro que o pernilongo comum e possui listras brancas no corpo e nas patas. Após a picada, os vírus caem na corrente sanguínea, invadem as células do organismo e começam a se reproduzir. Geralmente, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia depois da picada do mosquito.
Quatro tipos
Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue. Os sintomas de todos eles são os mesmos: febre, dores nas articulações, nos músculos e nos olhos, manchas pelo corpo, fraqueza, falta de apetite, cefaleia, náuseas e vômito.
É importante procurar atendimento médico ao observar algum desses sintomas, que muitas vezes são confundidos com outras doenças, como a gripe. “A dengue não tem tratamento específico. Entretanto, a pessoa doente necessita de acompanhamento médico para cuidar dos sinais e sintomas que a doença provoca”, frisa o médico Moises Goldbaum, da Superintendência de Controle de Endemias da Secretaria da Saúde de São Paulo.
Além dos sintomas já citados, o aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos nas mucosas (como nariz e gengivas) e dor abdominal intensa e contínua podem indicar a evolução para a dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença. “Ela acomete, em geral, quem já teve anteriormente um tipo de dengue e pegou um novo tipo. Essa é a teoria mais aceita hoje”, explica o infectologista Marcos Cyrillo, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Se não for tratada, essa manifestação da doença pode ser fatal. “Nestes casos, o mais importante é rapidez no diagnóstico e início imediato de medidas de suporte para o organismo, de tal forma que ele volte a se fortalecer e elimine o vírus”, diz Grinbaum.
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