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Grupo que bate o ponto sem trabalhar no RJ também tem médicos políticos

Do UOL, em São Paulo

27/08/2013 21h03Atualizada em 28/08/2013 12h54

O SBT exibiu nesta terça-feira (27) a segunda parte de uma reportagem mostrando médicos saindo do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama (RJ), poucos minutos após assinarem o ponto.

Os profissionais mostrados são médicos políticos, pois atuam nas duas áreas. Um deles, Marcelo Amaral, fez sua campanha como vereador, pelo PT e se autointitula “O Médico do Povo”. Segundo o Ministério da Saúde, ele tem 13 empregos e trabalha 119 horas por semana, além do cargo político.

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Outro médico flagrado batendo o ponto e saindo em poucos minutos foi o ginecologista Amilcar Cunha Ferreira, ex-vereador, ex-vice-prefeito e ex-secretário da saúde. Segundo a reportagem, ele trabalha 36 horas por semana, no hospital e em sua clínica.

A Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, após a exibição da primeira parte da reportagem, na segunda-feira (26) à noite, já havia afirmado que foi aberta uma sindicância por parte da Subsecretaria e Corregedoria da Saúde para investigar o caso.

De acordo com a secretaria, os nomes dos médicos envolvidos na fraude serão enviados ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) para que a entidade investigue a conduta médica desses profissionais.

Caso seja comprovada a fraude, os médicos poderão ser demitidos e a Secretaria solicitará que a Procuradoria Geral do Estado entre com medidas judiciais cabíveis para que haja o ressarcimento desse dinheiro pago aos profissionais que não trabalharam.