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Dois a cada três brasileiros dizem que já acordam cansados, mostra pesquisa

A indisposição é um pouco mais frequente nas mulheres: 98% se dizem cansadas, contra 97% dos homens - Thinkstock
A indisposição é um pouco mais frequente nas mulheres: 98% se dizem cansadas, contra 97% dos homens Imagem: Thinkstock

Do UOL

Em São Paulo

12/11/2013 15h09Atualizada em 12/11/2013 16h26

Você já acorda de manhã cansado (a) e com a sensação de que deveria dormir mais umas duas horas? Então saiba que dois terços dos brasileiros estão na mesma situação. Uma pesquisa feita pelo Ibope indica que 98% da população apresenta algum grau de cansaço no dia a dia, e 60%  deixa de cumprir alguma obrigação por isso com frequência, ou ao menos ocasionalmente.

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Apesar de 63% dos pesquisados já acordar com algum nível de indisposição, é no período da tarde e da noite que as pessoas mais sentem o cansaço bater - 36% e 34%, respectivamente. Para completar, 40% das pessoas tendem a se largar no sofá para não fazer nada quando chegam em casa.

As razões para essa epidemia de desânimo, segundo 70% dos 1.500 entrevistados, são o estresse e a correria do dia a dia - dois bons e velhos clichês. Para 45% das pessoas, a falta de condicionamento físico tem um papel importante no quadro. O levantamento mostrou, aliás, que os brasileiros menos sedentários são justamente aqueles que menos reclamam do cansaço. Mas eles são a minoria: 74% não fazem exercícios com regularidade.

O cansaço também é empecilho, muitas vezes, para o sexo. A afirmação foi acompanhada de um "às vezes" para 31% dos entrevistados, de um "frequentemenhte" para 14% e de um assustador "sempre" para 4%.

Menos movimento, mais cansaço

A fisioterapeuta Gerseli Angeli, coordenadora científica do Centro de Estudos em Medicina da Atividade Física e do Esporte (Cemafe),lembra que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), para deixar de ser sedentário é preciso gastar 2.200 calorias por semana com atividades físicas.

Como o brasileiro se sente ao acordar (%)

  • Reprodução/Ibope

Para cumprir a jornada extra, não é preciso ser adepto da academia: "Toda vez que a gente a perta um botaão, diminui nosso condicionamento físico". Confortos da modernidade, como máquina de lavar e direção hidráulica, pioram a aptidão física. E a consequência, diz a especialista, é a falta de disposição.

As mulheres sentem o problema na pele com um pouco mais de intensidade: 98% se declaram cansadas, contra 97% dos homens. E os jovens entre 20 e 29 anos, por incrível que pareça, são os que mais se queixam: 99% deles sentem algum grau de fadiga. O Sudeste é a região onde a falta de energia é mais frequente, afetando 65% dos entrevistados. Em seguida aparecem o Centro-Oeste e o Norte, com 62%.

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A maioria dos entrevistados gostaria de ter mais disposição para praticar atividades físicas (71%) e estudar (60%). Já energia para curtir o parceiro e brincar e cuidar dos filhos é algo que não falta tanto - apenas 27% e 18%, respectivamente, citam essas atividades.

Oitenta por cento dos entrevistados se mostraram propensos a tomar algo para melhorar esse cansaço. Não à toa, estima-se que o mercado de vitaminas movimente mais de R$ 1,1 bilhão por ano no país, e 64,5% dos produtos são direcionados a adultos.

A pesquisa, por sinal, foi encomendada ao Ibope pela farmacêutica Sanofi, que tem no portfólio um multivitamínico com aspartato de arginina e vitamina C, que promete melhorar a disposição. Segundo Angeli, a arginina ajuda a melhorar a circulação de sangue nos órgãos e tecidos, ao mesmo tempo que o aspartato melhora a captação de glicose, essencial para o cérebro.