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Relembre alguns erros e escândalos envolvendo médicos em 2013

Bater o ponto e ir embora sem atender os pacientes: a prática foi flagrada pelo "SBT Brasil" - Arte/UOL
Bater o ponto e ir embora sem atender os pacientes: a prática foi flagrada pelo "SBT Brasil" Imagem: Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

19/12/2013 07h00

Em 2013, os holofotes estiveram sobre os médicos. O governo federal lançou um programa para levar profissionais a áreas carentes, as entidades de classe organizaram uma série de protestos contra a medida e também se manifestaram contra o projeto de lei do Ato Médico, sancionado pelo governo. A categoria ainda chamou atenção por escândalos envolvendo profissionais contratados por hospitais públicos que recebiam salários sem trabalhar.

Equipes do telejornal "SBT Brasil" flagraram médicos na cidade de São Paulo, no final de junho, e em Araruama (RJ), em agosto, batendo o ponto em hospitais públicos e, em seguida, indo embora sem atender nenhum paciente.

Uma das reportagens provocou a exoneração do secretário de Saúde de Araruama, José Gomes de Carvalho, no dia 28 de agosto. Carvalho também fazia parte do esquema de "médicos fantasmas" e foi mostrado parando com o carro na calçada para assinar o ponto e ir embora.

No fim de outubro, o Ministério Público confirmou a fraude dos médicos e o inquérito aberto pela Promotoria de Justiça e Tutela Coletiva de Araruama estava em fase de conclusão. De acordo com a Promotoria, todos os 13 profissionais, mais o diretor do hospital, foram denunciados por improbidade administrativa. Além de serem afastados das funções, entre outras penalidades, os acusados poderão perder seus cargos.

Mas esses não foram os únicos escândalos envolvendo médicos destacados pela mídia este ano. No Paraná, a médica chefe da UTI do hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Soares de Souza, foi acusada de abreviar a vida de pacientes com o suposto objetivo de esvaziar a unidade. 

Em outro caso registrado no Rio, o médico Adão Orlando Crespo Gonçalves e outros profissionais foram denunciados e demitidos pela participação em um esquema de assinatura de ponto em plantões no hospital Salgado Filho. A história veio à tona depois de Gonçalvez  ter faltado ao plantão no Natal de 2012. Por causa disso, uma criança baleada acabou morrendo após esperar oito horas para ser atendida.