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Pacientes idosos e médicos devem conversar mais sobre sexo, diz geriatra

Do UOL

Em São Paulo

20/02/2014 07h00Atualizada em 20/02/2014 08h05

Falar sobre sexo na terceira idade ainda é um tabu, mas é algo que está diretamente ligado à qualidade de vida de quem envelhece. "A sexualidade faz parte da saúde e quanto mais saúde a gente tiver, mas vai praticar a sexualidade", comenta o geriatra Omar Jaluul, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), entrevistado desta semana do @saúde com Jairo Bouer

O geriatra chama atenção para o advento dos medicamentos para disfunção erétil, que foi um marco na vida de muitos homens com mais idade. Mas também avisa para o problema das interações dessas drogas com outras, muitas vezes utilizadas por essa faixa etária. "É muito melhor conversar com o médico do que usar por conta própria", observa o médico. Ele admite, no entanto, que certos pacientes não gostam de falar sobre sexo com o médico e os profissionais nem sempre perguntam. 

  • Orlando/UOL

Jaluul explica que o hormônio mais ligado à libido, tanto do homem quanto da mulher, é a testosterona. O declínio do hormônio ao longo da vida é normal, e a reposição só deve ser feita com avaliação dos riscos e dos benefícios. O mesmo vale para a reposição de estrogênio para as mulheres. Quando o problema é a falta de libido, há opções como uso tópico de hormônio, por exemplo.

Certos medicamentos, como antidepressivos e remédios para pressão, também podem afetar a vida sexual. Mas o arsenal é amplo e é possível fazer substituições quando o efeito colateral ocorre.