Sadismo ou masoquismo podem não ser só 'temperos' para o sexo, diz médico
Desde o sucesso de "50 Tons de Cinza", o sadomasoquismo tem sido destacado na mídia, como foi o caso da última novela das nove, "Amor à Vida". Nesta edição do @saúde, Jairo Bouer entrevista o psiquiatra Marco Scanavino, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) sobre o tema, que em alguns casos pode configurar um transtorno.
Utilizar agressividade, infringir dor ou humilhação para obter prazer sexual, ou, pelo contrário, ser vítima de dor ou humilhação com o mesmo fim podem definir somente um ingrediente a mais do comportamento sexual, segundo o psiquiatra. Mas em alguns casos, quando se trata de alguém que prejudica o próximo ou a si mesmo, pode-se falar em transtorno psiquiátrico.
"Quando o indivíduo apresenta essa prática muito frequentemente, ao longo de pelo menos seis meses, e isso envolve sofrimento e implica em dificuldade de relacionamento, aí sim falamos em transtorno", diz o médico. A prevalência dos transtornos de preferência sexual, grupo do qual o transtorno de sadismo ou de masoquismo fazem parte, diz ele, é de apenas 1% da população.
O indivíduo com comportamento sexual compulsivo também pode se interessar por práticas de sadismo ou de masoquismo, mas, em geral, não se restringe a elas. "Ele tem um repertório bastante abrangente de práticas sexuais", diferencia Scanavino.
Quem precisa procurar ajuda? "A pessoa que está com sofrimento importante", responde o médico. O tratamento envolve psicoterapia, e alguns medicamentos podem ajudar, de acordo com o especialista.
Assista à íntegra desta entrevista e aos demais programas no UOL Saúde. E se você tem alguma pergunta sobre saúde, sexo ou comportamento, envie para drjairobouer@uol.com.br. Algumas questões serão selecionadas e respondidas nos futuros vídeos.
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