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Muitas pessoas comem apenas uma única fruta por semana ou mesmo por mês, em casos mais críticos - Thinkstock
Muitas pessoas comem apenas uma única fruta por semana ou mesmo por mês, em casos mais críticos Imagem: Thinkstock

Marina Kuzuyabu

Do UOL, em São Paulo

14/04/2014 07h00

Disponíveis em abundância durante todas as épocas do ano no Brasil, as frutas são fontes de vitaminas, minerais, fibras, carboidratos e outras substâncias essenciais para a saúde. Mas as propriedades nutricionais não são as mesmas para todas as espécies. Cada uma tem uma especificidade, o que torna importante conhecê-las para tirar proveito desse arsenal médico natural.  

Como ressalta a nutricionista Camila Gracia, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo (SP), as populações com uma ingestão adequada não só de frutas, mas também de verduras e legumes, adoecem menos e são mais longevas.

Por isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo de 400 g do alimento por dia para prevenir a obesidade e outras doenças crônicas. Essa quantidade pode ser fracionada em três porções, sendo que uma porção equivale a um cacho de uvas, uma banana nanica ou uma fatia média de melancia, aproximadamente. Mas os brasileiros, de maneira geral, estão longe de seguir a orientação médica.

Segundo a nutricionista Erica Lie, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP), muitos comem apenas uma única fruta por semana ou mesmo por mês, em casos mais críticos. 

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Formas de consumo

A fruta deve ser consumida preferencialmente em seu estado natural. Apesar de os sucos representarem uma alternativa para incorporar o alimento à dieta, é preciso ter cuidados. Especialmente quando o liquidificador é utilizado, as fibras podem se romper durante o preparo.

O cuidado se justifica porque essas estruturas estão entre as mais apreciadas nas frutas. As fibras insolúveis, encontradas na casca de algumas variedades, auxiliam no equilíbrio das taxas de colesterol, favorecem a flora intestinal, ajudam no controle da diabetes e ainda promovem a sensação de saciedade.

As solúveis, por sua vez, reduzem o colesterol ruim, regulam os níveis da glicose no sangue, previnem o câncer de cólon e favorecem os movimentos peristálticos do intestino. Elas são encontradas, por exemplo, no bagaço da laranja, como explica Lie. Considerando os benefícios que elas oferecem, desperdiçá-las significaria obter menos vantagens nutricionais.

Outra opção de consumo são as compotas, um dos mais antigos métodos de conservação de alimentos, como lembra Gracia. A nutricionista explica que há uma pequena perda de vitaminas, mas sua maior desvantagem é a adição de açúcares.

As geleias também têm o mesmo problema, o que poderia ser contornado com a supressão do ingrediente. Mas ainda assim ela não se compara com a fruta in natura, pois uma parte das fibras e das vitaminas também pode se perder durante o preparo.

O congelamento, que não é exatamente uma forma de consumo, mas de conservação, é indicado pela nutricionista do HCor. Há pouco desperdício de nutrientes e o recurso possibilita a ingestão regular de espécies sazonais, como é o caso do morango.

Não é remédio

Apesar da utilidade das frutas na prevenção de diversas doenças, no fortalecimento do sistema imunológico e na regulação de vários processos, para citar alguns dos benefícios, elas não podem ser encaradas como remédios. “Não é porque uma fruta tem determinada vitamina ou um certo antioxidante que ela passa a ter todo esse poder de prevenção e tratamento”, aponta Gracia.

A ingestão desses alimentos deve fazer parte de uma dieta equilibrada e de um estilo de vida saudável. “Também não compactuo com a ideia de que uma fruta específica seja boa pra isso ou para aquilo. Os efeitos são obtidos com o equilíbrio alimentar, sempre”, comenta a nutricionista Raquel da Luz Dias, professora da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

O segredo, portanto, está no consumo regular, dentro de um estilo de vida saudável, e na combinação de várias frutas. E o conhecimento dos benefícios nutricionais que cada uma oferece é essencial para esse último elemento.