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Ministério Público constata a falta de 174 remédios em hospital de Palmas

Do UOL, em São Paulo

17/10/2014 19h36

O MP-TO (Ministério Público do Tocantins) e o MPF (Ministério Público Federal) apontam a falta de medicamentos no Hospital Geral Público de Palmas. Uma vistoria realizada na última quarta-feira (15) identificou a ausência de 174 tipos de remédios. Do total, ao menos 21 não podem ser substituídos por similares.

A lista de medicamentos em falta é datada do último dia 7 e, segundo foi apurado junto à Secretaria Estadual da Saúde, não há previsão de normalização. Entre os produtos, constam antibióticos e remédios para tratamento de câncer e de doenças cardíacas. Alguns deles são necessários para a realização de procedimentos cirúrgicos específicos.

A vistoria identificou ainda que a quantidade dos medicamentos disponíveis está abaixo do normal. O procurador da República Fernando Antônio Alves de Oliveira Júnior destacou o agravamento da situação desde a última inspeção que realizou ao hospital, no mês de agosto.

A promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery requisitou o nome dos pacientes internados nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e na UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) que estão com tratamento comprometido pela falta dos medicamentos. O MP-TO e MPF devem articular ações na área criminal.

Suspensão dos serviços

Os membros do Ministério Público conversaram com pacientes e profissionais de saúde e receberam reclamações sobre a falta de insumos básicos, como lençol e colchão, bem como sobre a ausência de informações dos quadros clínicos e a falta de visita por parte de algumas especialidades.

Foi confirmada também a suspensão dos serviços de segurança armada e de manutenção predial no hospital. O motivo da suspensão seriam os atrasos nos pagamentos às empresas prestadoras dos dois serviços, segundo informou a direção do hospital.

Devido à falta de manutenção, um dos banheiros da unidade estava interditado, com dejetos transbordando pelo vaso sanitário, exalando odor por todo o ambiente, onde se encontravam pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.