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Médico que tinha ebola se vê livre do vírus e recebe alta nos EUA

Do UOL, em São Paulo

21/10/2014 12h24

Um médico que havia contraído ebola em Serra Leoa e estava sendo tratado no hospital da Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, recebeu alta no domingo (19), informou o hospital sem identificá-lo.

O paciente pediu para permanecer anônimo por alguns dias e deixou o hospital para um local não revelado, disse a instituição de saúde.

"Em coordenação com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) e com o Departamento de Saúde Pública da Georgia, o paciente estava determinado a ser livrar do vírus e não representar uma ameaça à saúde pública”, informou o hospital.

O paciente foi tratado na unidade de doenças transmissíveis de Emory, de onde divulgou um breve comunicado na semana passada, explicando que sua recuperação tinha sido longa e complicada.

"[...] Quero compartilhar a notícia de que estou recuperado dessa doença, livre do vírus ebola e capaz de retornar com segurança para minha família e para minha comunidade ", disse o homem em um comunicado em 15 de outubro.

"Eu quero que o público saiba que embora o ebola seja uma doença grave, complexa, é possível se recuperar e voltar a uma vida saudável. Quero manter o meu anonimato por agora, mas eu antecipo que vou compartilhar mais informações nas próximas semanas, quando eu finalizar minha recuperação", completou.

O homem é o terceiro paciente norte-americano que se recuperou do ebola depois de ser tratado no Emory, além dos missionários Kent Brantly e Nancy Writebol, que se contaminaram durante missão na Libéria, a nação mais atingida pelo surto de ebola na África Ocidental.

A epidemia já matou mais de 4.500 pessoas, principalmente na Libéria, Guiné e Serra Leoa, desde o início do ano.

Outro médico missionário, Rick Sacra, e um fotojornalista freelance, Ashoka Mukpo, foram levados para um hospital de Nebraska para tratar o ebola. Sacra se recuperou e Mukpo ainda está sob cuidados, mas já declarou que está se sentindo bem.

Os casos mais recentes de ebola nos EUA são das duas enfermeiras que foram diagnosticados com ebola após cuidar de Thomas Eric Duncan, um liberiano, que morreu da doença em 8 de outubro, em um hospital em Dallas.

Nina Pham foi transferida do Texas para o Institutos Nacionais da  Saúde, em Bethesda, Maryland, e Amber Vinson está sendo tratada no Emory.