Topo

Médico italiano contrai ebola em Serra Leoa

Do UOL, em São Paulo

24/11/2014 11h35

Um médico italiano que trabalhava na organização internacional Emergency contraiu ebola enquanto atuava no combate à doença em Serra Leoa, de acordo com anúncio feito nesta segunda-feira (24) no site da ONG. Segundo a entidade, o especialista trabalhava no centro para pessoas infectadas pelo ebola em Lakka, balneário perto da capital Freetown.

O médico, primeiro cidadão italiano atingido pela epidemia, passou por exames após desenvolver sintomas do vírus e está com "boas condições gerais de saúde", disse a Emergency.  O nome dele não foi divulgado.

A ONG afirma que todo o pessoal empregado no centro de emergência e cuidados a pessoas com ebola segue os protocolos de segurança para prevenir a infecção e a propagação do vírus, mas que nenhuma intervenção sanitária pode ser considerada completamente livre de riscos em uma epidemia dessa gravidade.

Seguindo as orientações do Ministério da Saúde e das Relações Exteriores da Itália, o médico será levado para seu país ainda na noite dessa segunda-feira e será tratado no Instituto Lazzaro Spallanzani, em Roma.   

O ministério da Saúde emitiu uma nota afirmando que, desde que o contágio pelo vírus foi notificado pela ONG, "foram imediatamente ativadas as unidades de crise da Farnesina [Relações Exteriores] e da Aeronáutica Militar para as consequentes atividades operacionais e a transferência do paciente".   

Beatrice Lorenzin, a responsável pela pasta, anunciou que "o transporte será feito com o mais alto nível de biocontenção" em uma ação em parceria com outros ministérios italianos e o governo do país. "Podemos tranquilizar a família, o médico se sente bem. Ele não teve febre ou outros sintomas durante esta noite, tomou seu café da manhã sem precisar de ajuda", disse a ministra.

A atual epidemia de ebola é a mais grave da história desta febre hemorrágica identificada em 1976 na África Central. Desde que foi declarada há quase um ano no sul da Guiné, ela causou a morte de pelo menos 5.459, de 15.351 casos registrados, de acordo com o último registro da Organização Mundial da Saúde (OMS). (Com agências internacionais)