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Falta lábia? Personal paquera ajuda a destravar os tímidos para a conquista

O personal paquera Daniel Madeira ministra cursos para homens de 18 a 60 anos - Arquivo pessoal
O personal paquera Daniel Madeira ministra cursos para homens de 18 a 60 anos Imagem: Arquivo pessoal

Camila Neumam

Do UOL, em São Paulo

24/11/2014 12h53

Daniel Madeira, 33, personal paquera desde 2006, ministra cursos de até dois dias para homens de 18 a 60 anos. Para montar suas estratégias de conquista, ele se baseou em técnicas de vendas, além de conhecimentos adquiridos no curso de psicologia, não finalizado.

No primeiro dia do curso, os alunos passam por uma aula teórica e depois vão para uma boate para testar as técnicas aprendidas. No dia seguinte, Madeira ensina a ‘paquerar de dia’, isto é, a conquistar alguém que se conheceu na rua, na academia e até mesmo no trabalho.

Para o personal paquera, a regra de ouro do xaveco é ser discreto até ganhar confiança.

Começar a investida com cantadas do tipo: “Você vem sempre aqui; você é bonita, posso saber o seu nome? entram no que ele chama de ‘frases morte’. “É daquelas que a mulher fala sim ou não e vira de lado, desconversando”, diz.


Como conquistar?

Na balada, a dica do personal é abordar a pessoa por quem se interessou com alguma pergunta até evoluir para um bate-papo.

“Se chegar discretamente e perguntar: ‘Posso pedir uma opinião? Não sou daqui de São Paulo, peguei um táxi e pedi ao motorista para me levar na melhor balada da cidade. Gostei daqui, mas achei o lugar um pouco pequeno. Qual é a melhor balada da cidade?' Ela vai dar uma explicação, perguntar que música você gosta. É uma boa maneira de embutir histórias e da conversa gerar assunto”, ensina.

Mas como saber se está agradando? Segundo o personal paquera, há sinais corporais e frases consideradas “indicadores de interesse”. Dois ou três deles já seriam suficientes para tentar uma aproximação, como um toque no braço, falar mais próximo do ouvido.

“Há alguns indicadores de interesse que permitem o homem a começar a colocar as garrinhas de fora. Quando a mulher vira os pés dela na sua direção, quando diz ‘você nem falou seu nome’ ou quando começa perguntando onde você mora, o que você faz”, diz Madeira.

Se o interesse ficar evidente, o homem deve “aumentar a temperatura sexual da conversa para não perder o timing, senão vira amigo”. Ele deve apostar no olho no olho, na conversa ao pé do ouvido até tentar um beijo.

Pode paquerar na academia ou no trabalho?

A academia e o trabalho podem ser ótimos lugares para conhecer pessoas e começar relacionamentos, mas a discrição deve ser ainda maior, diz ele.

“Na academia, eu recomendo que o homem seja discreto na primeira abordagem, que não peça para revezar o aparelho com ela quando estiver todo suado. É melhor comentar, por exemplo, sobre um evento e ver se ela morde a isca. Diga que tem convites e que ela pode chamar uma amiga, assim não parece agressivo”.

No trabalho, o ideal é tentar um contato maior fora do escritório, seja por redes sociais ou por telefone. “A paquera no trabalho deve ser encarada como um trabalho de médio a longo prazo, diferente da balada onde você já define. Depois de fazer amizade, você vai ter liberdade para chamar para um churrasco”, diz.

Aposte na sutileza

Agressividade está fora do jogo de sedução adotado pelo personal paquera. Diferentemente do suíço Julien Blanc, que tentou disseminar técnicas de sedução que beiram ao estupro, Madeira pede aos alunos que nunca discutam ou forcem qualquer situação.

“O tom que ele [Julien Blanc] trabalha é machista, racista, coisas que você não fala para respeitar o aluno. Minha forma de trabalhar é sutil, ensino a chegar conversando. Dou toques para eles se vestirem bem e para apostar na higiene pessoal”, afirma.

Qual sua cantada infalível?

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