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Atividade física melhora inteligência e memória de idosos

Idosos praticam parkour, uma atividade em que os praticantes movimentam-se aparando-se em paredes e muros para trabalhar a força e o equilíbrio - Lefteris Pitarakis/AP
Idosos praticam parkour, uma atividade em que os praticantes movimentam-se aparando-se em paredes e muros para trabalhar a força e o equilíbrio Imagem: Lefteris Pitarakis/AP

Do UOL, em São Paulo

26/08/2015 06h00

Idosos que praticam atividade física regularmente tendem a ter um desempenho cognitivo melhor, especialmente em tarefas que exigem memória e inteligência. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, publicado nesta semana na revista científica PLOS ONE.

A equipe liderada pela pesquisadora Agnieszka Burzynska, do Instituto Beckman para Ciência e Tecnologia Avançada, avaliou cem adultos, com idades entre 60 e 80 anos em atividade física e em repouso, durante uma semana. Os pesquisadores observaram que os idosos que se exercitavam tinham maior atividade cerebral em repouso do que os idosos sedentários. Os idosos que malhavam mostraram ter características cerebrais que indicam um melhor desempenho cognitivo.

A pesquisa deve ter um efeito prático clínico. Acredita-se que em algum tempo, os médicos possam descobrir o quão fisicamente ativo você é ao analisar as imagens do seu cérebro. Isso porque as pessoas que fazem mais exercícios físicos tendem a ter um cérebro maior e com uma maior "substância branca cerebral" que os sedentários. 

Cérebro mais flexível

"Descobrimos que a atividade cerebral espontânea mostrou mais flutuações em adultos ativos", disse Burzynska em comunicado à imprensa. "Em um estudo anterior, mostramos que em algumas das mesmas regiões do cérebro, aquelas pessoas têm também maior variabilidade de tarefas cognitivas complexas, especialmente em tarefas de inteligência e memória", disse a pesquisadora.

"Nosso estudo, quando visualizado no contexto de estudos anteriores que examinaram a variabilidade comportamental em tarefas cognitivas, sugere que adultos mais velhos que fazem atividade físicas são mais flexíveis em termos de funcionamento do cérebro do que entre os que não fazem exercícios", disse Kramer.

A pesquisa vislumbra ainda destacar uma outra maneira de avaliar a saúde do cérebro no envelhecimento. "Queremos saber como o cérebro se relaciona com o corpo e com a mente e como ele influencia a saúde no envelhecimento", conclui a pesquisadora.