Casos de microcefalia e lesões chegam a 1.271 e estão em 25 Estados
Boletim divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Ministério da Saúde aponta 1.271 casos confirmados de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso em bebês provocados por agentes infecciosos em 24 Estados e no Distrito Federal.
O número de casos é monitorado desde outubro de 2015, quando foi apontada a associação entre a epidemia de vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, com lesões neurológicas.
Pela primeira vez, foram confirmados 8 casos em São Paulo --um deles com teste laboratorial positivo para o vírus da zika. Foram confirmados também casos em: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
A maioria dos casos de bebês ainda se concentra na região Nordeste (1.152), seguida pela Sudeste (63), Centro-Oeste (34), Norte (16) e Sul (6). No país, há ainda 3.580 casos em investigação e 2.492 foram descartados.
Do total de casos confirmados, 203 tiveram resultados laboratoriais positivos para relação com infecção pelo vírus da zika. No entanto, o Ministério da Saúde considera que houve infecção por zika na maior parte das mães dos bebês que nasceram com microcefalia.
Até 30 de abril, o ministério também registrou 57 mortes de bebês recém-nascidos ou fetos com microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.
Bactéria impede contágio por zika
Foi publicada nesta quarta uma pesquisa da Fiocruz que comprova que a bactéria Wolbachia, quando presente no Aedes aegypti, é capaz de reduzir a transmissão do vírus da zika. Publicado na revista científica Cell Host&Microbe, o estudo integra o projeto "Eliminar a Dengue: Desafio Brasil", que investiga a infecção do mosquito pela bactéria como estratégia para impedir a multiplicação de vírus no Aedes. A pesquisa mostra ainda que a Wolbachia, presente em 70% dos insetos na natureza, também reduz a replicação do zika no organismo do mosquito.
O estudo usou dois grupos de mosquitos Aedes aegypti: um com Wolbachia, criados em laboratório pela equipe do projeto, e outro sem a bactéria, coletados no Rio de Janeiro. Eles foram alimentados com sangue humano contendo cepas de zika isoladas em São Paulo e em Pernambuco.
Depois de 14 dias, os pesquisadores coletaram amostras da saliva desses mosquitos e infectaram novos mosquitos, que nunca tinham tido contato com o vírus zika. Dos mosquitos que receberam saliva de Aedes com Wolbachia, nenhum se infectou com o vírus zika. Já no grupo que recebeu a saliva dos mosquitos sem a bactéria, 85% dos insetos ficaram "altamente infectados".
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