Imagens em 3D mostram como é crânio de crianças com microcefalia por zika
Uma pesquisa feita pela Fiocruz do Rio de Janeiro mostra em imagens tridimensionais como é o crânio das crianças com microcefalia causadas pelo vírus da zika. As radiografias mostram um padrão de deformidade mais grave do que os vistos em outros casos de microcefalia, segundo os pesquisadores. O estudo, desenvolvido no IFF (Instituto Fernandes Figueira), foi publicado neste mês na revista Neurology.
As imagens mostram a gravidade das lesões no crânio de um bebê cuja mãe contraiu zika por volta do terceiro mês de gravidez. "Como estamos diante de uma situação nova, o que nos chamou atenção foi o grau de deformidade do crânio", destaca a médica radiologista Márcia Boechat, uma das pesquisadoras que assinam o artigo.
Os pesquisadores perceberam pelas imagens lesões no tecido cerebral, o que confirma achados de outros estudos sobre a predileção do vírus pelo sistema nervoso. Conforme o local das lesões, as crianças podem ter problemas de visão, de audição, dificuldades para engolir e convulsões, entre outros sintomas, explicam as cientistas no artigo.
Calcificação do cérebro e lesões
O caso de 27 crianças com lesões cerebrais causadas por zika está sendo acompanhado por pesquisadores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Um estudo detalhado das tomografias do grupo de bebês entre cinco dias e 4 meses de idade mostra que em todos os casos havia calcificação de parte do cérebro, dilatação dos ventrículos cerebrais e lesões no sistema nervoso.
Em mais da metade dos casos, a redução da massa encefálica foi responsável por alterações nos ossos do crânio, que não se encaixavam adequadamente. O estudo foi publicado em junho no periódico Plos Currents.
A relação entre problemas neurológicos e o vírus da zika, transmitido pelo Aedes aegypti, foi descoberta em outubro de 2015. Os pesquisadores ainda tentam precisar quais são as consequências do vírus da zika sobre o sistema nervoso e como evitá-las.
Até o momento, mais de 1.600 crianças brasileiras foram diagnosticadas com microcefalia ou lesões neurológicas causadas pelo vírus da zika. Pernambuco é o Estado com mais casos confirmados.
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