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França registra primeira morte por coronavírus na Europa e fora da Ásia

25.jan.2020 - Fachada da unidade de Serviço de Doenças Infecciosas e Tropicais do hospital Bichat, em Paris, onde pacientes diagnosticados com o novo coronavírus foram internados - Alain Jocard/AFP
25.jan.2020 - Fachada da unidade de Serviço de Doenças Infecciosas e Tropicais do hospital Bichat, em Paris, onde pacientes diagnosticados com o novo coronavírus foram internados Imagem: Alain Jocard/AFP

Do UOL, em São Paulo

15/02/2020 07h50Atualizada em 15/02/2020 10h23

Um turista chinês de 80 anos diagnosticado com o novo coronavírus morreu hoje na França. Esta é a primeira morte confirmada fora da Ásia e na Europa, segundo informou a ministra da Saúde da França, Agnes Buzyn.

De acordo com informações do jornal Le Monde, o homem voltou de uma viagem à China em janeiro e estava internado no hospital desde o final do mês.

Até agora, apenas três mortes foram registradas fora da China continental: Filipinas, Hong Kong e Japão.

A ministra informou que "o estado de saúde do paciente se deteriorou rapidamente e ele estava há dias em uma condição crítica". Buzyn foi informada da morte na noite de ontem.

A França confirmou 11 casos de pacientes com o coronavírus. Desses, um veio a óbito, quatro foram curados e seis permanecem hospitalizados em recuperação da epidemia do covid-19.

Mortes aumentam na China

As autoridades de saúde chinesas registraram 139 novas mortes na província de Hubei neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) por causa da epidemia covid-19, e o número total de mortes já ultrapassou 1.500, num dia em que foi diagnosticado o primeiro caso em um país africano, no Egito.

De acordo com a Comissão Provincial de Saúde de Hubei, epicentro da epidemia, com os 139 falecimentos registrados nas últimas 24 horas, no número de vítimas fatais na China chega a 1.519.

Cerca de 66.000 pessoas já foram contaminadas no território chinês, com a maioria dos diagnósticos concentrados na província de Hubei, cuja capital Wuhan foi onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro passado, em um mercado de frutos do mar que também comercializava carnes de animais exóticos.

Segundo dados oficiais, pelo menos 1.716 profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, estão contaminados e seis deles morreram.

Quarentenas

Em outras partes do mundo, a epidemia covid-19 mantém as autoridades em alerta, com mais de 500 casos confirmados em cerca de trinta países.

Nos Estados Unidos, as pessoas que estão doentes com sintomas de gripe, mas com resultado negativo para esta doença, serão testadas para o novo coronavírus, anunciaram na sexta-feira os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americanos.

O principal foco de infecção fora da China é o navio de cruzeiro de luxo "Diamond Princess", que continua em quarentena na costa do Japão, no porto de Yokohama, com 218 casos confirmados.

Um primeiro grupo de passageiros não infectados, com 80 anos ou mais, deixou o cruzeiro na sexta-feira e concluirá seu período de isolamento em estabelecimentos governamentais em terra.

Por sua vez, as centenas de passageiros de um navio de cruzeiro americano, que foi proibido de atracar em cinco portos asiáticos por medo do vírus, puderam desembarcar sexta-feira no Camboja.

Na França, um primeiro grupo de repatriados da China saiu nesta sexta-feira do centro perto de Marselha (sul), onde eles estavam em quarentena.

*Com informações da AFP