Coronavírus: Ministério da Saúde quer adiar cirurgias sem urgência pelo SUS
O Ministério da Saúde estuda recomendar o adiamento das cirurgias eletivas, aquelas feitas sem urgência médica.
O objetivo é o de reduzir a utilização dos leitos hospitalares para caso haja um aumento no número de pacientes internados pelo coronavírus no país. Além disso, o adiar os procedimentos evitaria expor outros pacientes ao contato com pessoas infectadas pelo vírus que estejam internadas nos hospitais.
A medida deve ser anunciada amanhã pela pasta, junto com outras estratégias de prevenção para o enfrentamento do novo vírus.
"Nós estamos pensanso em fazer alterações, sugestões, nos critérios do uso dos leitos de UTI. Nós queremos, por exemplo, interferir na indicação das cirurgias eletivas. Não tem sentido nesse momento de cirurgias eletivas", afirma o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
"Além de nós precisarmos dos leitos para o coronavírus, nós não vamos colocar um paciente de forma desnecessária dentro de um hospital. O paciente que pode esperar para fazer um procedimento, não tem porque eu jogar ele dentro do hospital e colocar ele em contato com pacientes com coronavírus", diz Gabbardo.
Também está em estudo ampliar a periodicidade do fornecimento de medicamentos. Hoje, pacientes devem ir a postos de fornecimento para retirar medicação de uso contínuo fornecida pelo SUS (Sistema Único de saúde).
Como muitos desses postos ficam em hospitais, a ideia é reduzir a exposição dos pacientes ao ambiente hospitalar. "Ao invés de pegar receita para 3 meses, pegapara 6 meses", afirma Gabbardo.
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