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Coronavírus: Ministério projeta pico de casos dentro de 2 a 9 semanas

Do UOL, em São Paulo

27/04/2020 18h16

Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira declarou nesta tarde que o período de maior incidência de vírus respiratórios, como o caso da covid-19, é previsto para iniciar em duas semanas. A declaração foi dada em entrevista coletiva concedida pelo Ministério da Saúde.

Segundo Oliveira, o Brasil inicia a 18ª semana desde que iniciou os boletins a respeito da situação do coronavírus no país. Projetando o pico de casos de outras infecções respiratórias que já acometeram o Brasil, ele apresentou o levantamento.

"Estamos na semana epidemiológica de número 18. O período de maior incidência de vírus respiratórios ocorre em torno da 20ª, 22ª, 27ª semana. Em alguns anos ela se antecipa, em outros isso é prorrogado", observou.

O secretário também afirmou que a imunização da doença não é algo a ser conquistado em curto prazo e que o país deve observar um período mínimo de três meses e ampliar a testagem de casos. Apesar de falar em testagem em massa, ele explicou que não se trata de realizar exames em toda a população.

"O teste em massa não significa testar todas as pessoas. Significa testar mais pessoas sobre critérios mais precisos", declarou.

Alguns grupos devem ser priorizados no momento da testagem, acrescentou Oliveira, como profissionais de saúde e de segurança.

Casos no Brasil

O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 4.543 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — 338 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até ontem, eram 4.205 mortes registradas.

No total, são 66.501 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do ministério, com 4.613 novos diagnósticos de ontem para hoje. Segundo a pasta, ao menos 30.816 pacientes estão em acompanhamento e mais de 31.142 já se recuperaram. 1.136 óbitos seguem em investigação.

A taxa de letalidade -- que compara os casos totais pelos números de óbitos confirmados -- é de 6,8%, segundo o governo. O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 338 pessoas morreram nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia.