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Coronavírus matou nove servidores do sistema prisional de SP, diz sindicato

Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos - Divulgação
Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 18h20

O novo coronavírus já matou nove servidores do sistema prisional no estado de São Paulo. Essa afirmação foi feita pelo Sifuspesp, sindicato da categoria, depois de um levantamento próprio realizado pela entidade. Os números também apontam que houve outros 112 casos de covid-19, chegando a 121 no total.

De acordo com o sindicato, o Instituto Adolfo Lutz confirmou a covid-19 como causa da morte de um agente de 39 anos, ocorrida no último dia 2. O Sifuspesp também afirma que o número absoluto de casos pode ser maior, pois alega ter recebido informação da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo com um total de 181 registros suspeitos de infecção pelo coronavírus, além de 566 não confirmados ou descartados.

"Esses dados, que têm base em levantamento da Coordenadoria de Saúde da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), preocupam muito porque demonstram que para o estado, até o momento, há somente 15 confirmações e 6 óbitos entre os servidores, o que pode configurar alto índice de subnotificações. Do contrário, as estatísticas demonstrariam um grau de letalidade de quase 80% entre os presos e de 40% entre os funcionários", afirmou o sindicato em nota.

A entidade entrou com ação civil pública contra a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária" e o governo do estado de São Paulo alegando omissão e inércia nas medidas de proteção aos servidores do sistema prisional. O sindicato quer que todos os funcionários utilizem os equipamentos de proteção individual durante o trabalho.

"Seguimos exigindo providências urgentes por parte do Estado, mas precisamos fazer a nossa parte. É nosso dever, enquanto membros de uma categoria essencial do combate à pandemia do coronavírus, trabalhar protegidos para não nos tornarmos parte dessa terrível estatística, tampouco vetores de contaminação da doença", disse o presidente do Sifuspesp, Fábio Jabá.