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SP estuda horário exclusivo no transporte público a trabalhador essencial

Passageiros aguardam o metrô para o Jabaquara e se aglomeram na estação Sé - Marcelo Oliveira/UOL
Passageiros aguardam o metrô para o Jabaquara e se aglomeram na estação Sé Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

16/05/2020 04h00

Resumo da notícia

  • O governo de São Paulo estuda reservar horários exclusivos no transporte coletivo para trabalhadores de atividades essenciais
  • Haverá um intervalo reservado no horário de pico pela manhã e outro no final da tarde
  • Não há data para definição e, caso seja aprovada, a medida valeria para trens, Metrô e ônibus

O governo de São Paulo avalia implantar exclusividade no uso do transporte coletivo a trabalhadores de atividades essenciais durante dois horários do dia. O primeiro intervalo valeria entre 5h30 e 8h da manhã. O outro começaria às 17h30 e terminaria às 19h30.

O estudo está sendo realizado pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, com o objetivo de evitar aglomerações em estações e pontos de ônibus. Uma pesquisa da própria secretaria apontou queda de 73% no uso do transporte coletivo com a adoção da quarentena na capital paulista, mas verificou que as pessoas saem e voltam para casa no mesmo horário.

Caso seja adotada, a medida valeria para o Metrô, trens (CPTM) e ônibus intermunicipais (EMTU). Essa possibilidade foi revelada pelo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, durante conversa com empresários do Grupo Lide. Não há data para definição sobre o assunto.

O discurso é o de que reservar uma faixa de horário para impedir aglomerações é uma possibilidade em avaliação há bastante tempo e não existe relação com tentar fazer dar certo o rodízio ampliado de veículos implantado pelo município de São Paulo. O prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), foi criticado por permitir que num dia rodem somente carros com final de placa par, e no outro, com final de placa ímpar.

A reclamação é de que a medida não aumentou a adesão ao isolamento social, que segue abaixo dos 50%, e ainda provocou aglomerações em estações e pontos de ônibus. Dessa maneira, em vez de prevenir, a medida estaria ajudando a disseminar a covid-19.