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São Paulo não teve mortes por colapso do sistema de saúde, diz Gabbardo

27.mai.2020 - João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus em São Paulo - ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
27.mai.2020 - João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus em São Paulo Imagem: ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

05/06/2020 10h23

Atual secretário-executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus no estado de São Paulo, João Gabbardo dos Reis disse hoje, em entrevista para a GloboNews, que ninguém morreu no estado em razão de um possível colapso no sistema de saúde.

De acordo com o ex-número dois da gestão de Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde, São Paulo aumentou a demanda de leitos a tempo de evitar uma sobrecarga parecida com a que ocorreu em países como a Itália.

"São Paulo tinha 3 mil leitos específicos para covid-19 e hoje 6 mil leitos para atendimento. Em São Paulo, as pessoas que infelizmente vieram a óbito não foram por colapso do sistema de saúde, e sim por impossibilidade do organismo de combater adequadamente o vírus, seja por decorrência de comorbidades, doença crônica ou idade avançada", disse.

Segundo dados divulgados ontem, São Paulo está com 71,4% dos leitos ocupados. Já a Grande São Paulo tem 82,4% de ocupação. Em maio, o índice chegou a ficar acima dos 90% na região metropolitana.

Segundo Gabbardo, o programa de reabertura econômica que começou a ser colocado em prática nesta semana está sendo feito a partir de dados concretos. Cada região do estado seguirá uma fase específica de acordo com a análise da situação da covid-19.

"A curva de São Paulo não está mais crescendo na velocidade anterior, principalmente na Grande São Paulo. O plano é fazer análise de cada região e dar um tratamento específico para cada região. Tem lugares que podem ser medidas mais fortes, quando indicadores mostrarem que não está diminuindo a taxa de transmissão e a capacidade dos leitos não é suficiente. Situações diferentes precisam ter tratamento diferentes."

Segundo Gabbardo, haverá transparência em relação a possíveis mudanças no programa. "Se a população entender a situação, usar máscaras, sair de casa quem tem o setor liberado, esperamos que não aumente a transmissão. E se isso acontecer, todos vão saber", disse.