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Brasil tem 1.103 novas mortes em 24 h, diz consórcio; total chega a 53.874

Gabriela Sá Pessoa e Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

24/06/2020 18h16Atualizada em 24/06/2020 22h41

As secretarias estaduais de saúde contabilizam hoje um total de 53.874 mortes em decorrência do coronavírus após acréscimo de 1.103 novos registros da doença em 24 horas, informa o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. O levantamento ainda traz alta de 40.995 diagnósticos de covid-19 no país em comparação com o boletim de ontem, elevando o total para 1.192.474 casos.

Já o Ministério da Saúde divulgou hoje que foram confirmadas em todo o Brasil mais 1.185 mortes em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 53.830 óbitos o total de óbitos no país —- 44 a menos do que o consórcio.

Na média semanal, percentual de mortes cai

Considerando a média semanal do número de novas mortes diárias, o país teve 16,62% menos óbitos nos últimos sete dias do que o registrado no período anterior. Por esse critério, nove estados apresentaram redução segundo os dados das secretarias.

Os maiores índices foram registrados no Amazonas (redução de 39,8%) e Ceará (redução de 34%).

Minas Gerais e Santa Catarina quase dobraram o número médio de mortes diárias na última semana — respectivamente, aumentaram 92,15% e 91,4%. De acordo com esse cálculo, São Paulo e Rio notificaram 10,9% e 9,6% novas vítimas por dia, em comparação com a semana retrasada.

Em comparação com a quarta-feira da semana passada (17), o número de mortos no país aumentou 16%. Os maiores percentuais foram registrados na região Centro-Oeste. Mato Grosso registrou 63,6% mais mortes; Mato Grosso do Sul, 51,3% e Goiás, 47%. Os três estados, no entanto, estão entre os que têm menos vítimas da covid-19 no país.

Hoje, 15 estados registraram um número de novas mortes diárias menor ou igual ao que tinham há uma semana. Comparando a última quinzena, 17 estados diminuíram ou estabilizaram o número de novos óbitos por dia.

SP, RJ e CE têm oscilação negativa de óbitos

As mortes em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, onde foram confirmados os maiores números de vítimas da covid-19, oscilaram negativamente nesse período.

São Paulo totaliza 13.352 óbitos, 284 contabilizados nas últimas 24 horas. Na quarta-feira passada (18), notificou 389, número 27% maior. Em média, foram 317,4 novas mortes nos últimos sete dias. Ontem, porém, a secretaria paulista de Saúde notificou 434 novas vítimas da covid-19, maior número desde que o consórcio começou a contabilizar os dados de coronavírus. Os números costumam aumentar às terças-feiras, quando saem resultados de exames represados ao longo do fim de semana.

O estado, porém, registrou hoje o segundo maior número de casos da doença confirmados em um único dia no estado, com a notificação de 9.347 novas ocorrências nas últimas 24 horas — são 238.822 no total.

Segundo o secretário de Saúde, José Henrique Germann, o número de casos e de óbitos está dentro do cenário esperado pelo governo paulista para junho.

Saúde previu estabilização

Na última quinta-feira (18), o Ministério da Saúde previu que a epidemia estava começando a se estabilizar, com desaceleração do número de novos casos e óbitos. No entanto, a pasta afirmou que ainda seria necessário esperar mais duas semanas para ter certeza se a curva epidemiológica do país chegaria, de fato, a um platô.

"Essa tendência de uma estabilidade de novos casos a gente verificou da semana passada para a atual. Nós precisamos confirmar se essa tendência permanece com o passar dos próximos 15 dias, mas a gente já consegue perceber que talvez estejamos entrando num platô de novos casos", disse na ocasião o secretário de vigilância epidemiológica da pasta, Arnaldo Correia.

Casos disparam 22% em uma semana

Os dados divulgados hoje pelo governo federal também têm ainda 42.725 novos registros de pessoas de covid-19 entre ontem e hoje, o segundo maior número já confirmado no período de 24 horas — no dia 20 de junho, foram contabilizados 54.771 novos infectados. Com isso, o país soma ao menos 1.188.631 diagnósticos da doença, 3.843 casos a menos do que o levantamento dos veículos de imprensa.

Desse total, 649 mil pessoas são consideradas recuperadas, enquanto 484.893 estão sob acompanhamento.

De acordo com dados divulgados hoje pelo ministério, houve um disparo de 22% no número de novos casos da doença na última semana epidemiológica medida pela pasta. No período entre 14 e 20 de junho, foram 217.065 novos diagnósticos da doença no Brasil. Ainda não houve uma semana de queda, mas o ritmo vinha cedendo. O crescimento era de 2% há uma semana, e tinha sido de 15% no recorte anterior.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa desde a semana passada e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.