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Covid: Novas mortes sobem 36% no Sul em uma semana; Norte tem queda de 20%

Entre os dias 5 e 11 de julho, o Sul registrou mais 83 óbitos por covid-19; na semana epidemiológica anterior, foram 61 - Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo
Entre os dias 5 e 11 de julho, o Sul registrou mais 83 óbitos por covid-19; na semana epidemiológica anterior, foram 61 Imagem: Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/07/2020 19h27Atualizada em 15/07/2020 20h01

O Sul teve novo aumento no número de mortes por coronavírus contabilizadas na última semana, segundo boletim epidemiológico divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Entre os dias 5 e 11 de julho, a região registrou mais 83 óbitos por covid-19, um acréscimo de 36% em relação ao número verificado na semana anterior (61).

Também houve crescimento no número de novos casos: foram 3.918 na última semana, 8% a mais do que o registrado no período anterior (3.642). Ao todo, a região soma 2.870 óbitos e 137.399 infectados.

Os dados não acompanham a tendência de estabilidade verificada no Brasil. As mortes contabilizadas no país entre 5 e 11 de julho somaram 7.204, nove a mais do que o registrado na semana anterior (7.195). Já os novos casos foram de 263.337 para 262.846 — 491 a menos.

"Temos casos com covid-19 em 5.428 cidades, 97,4% de todo do Brasil. Variou muito pouco em relação aos últimos dados. Desses municípios, 3.056 tiveram mortes. Quase a totalidade dos óbitos se dá por complicações da doença, e cardiopatia e diabetes são principais fatores de risco", explicou Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.

O Centro-Oeste também apresentou aumento no número de novas mortes contabilizadas e casos de covid-19 entre 5 e 11 de julho. De acordo com o Ministério da Saúde, os óbitos registrados na região subiram de 84 para 107 (+26%), enquanto os novos infectados foram de 4.109 para 4.363 (+6%).

O Centro-Oeste tem, ao todo, 3.285 mortos e 159.224 infectados.

Norte e Nordeste têm queda

As regiões Norte e Nordeste foram as únicas a apresentar, na última semana, diminuição no número de novas mortes e casos registrados. Na primeira, foram contabilizados 72 óbitos entre 5 e 11 de julho, 20% menos do que o registrado na semana anterior (91). Os novos casos, por sua vez, caíram de 5.045 para 4.575 (-9%) no mesmo período.

No Nordeste, o registro de novas mortes foi de 343 para 330 na última semana — queda de 4% —, enquanto o número de novos infectados caiu de 12.716 para 11.713 (-8%).

Já no Sudeste, ainda de acordo com o Ministério da Saúde, houve queda nas mortes registradas, mas aumento no número de casos. Entre 5 e 11 de julho, foram contabilizados 437 óbitos na região, 3% a menos do que o verificado na semana anterior (449). Os novos infectados, porém, foram de 12.107 para 12.980 — aumento de 7%.

Interiorização da doença

O Ministério da Saúde ainda alertou para uma tendência de interiorização da covid-19. No período de 5 a 11 de julho, 57% dos novos casos da doença registrados no país são do interior — um aumento de três pontos percentuais em relação ao verificado na semana anterior (54%). Os outros 43% vieram das regiões metropolitanas.

No balanço das mortes, os números se invertem: 43% dos óbitos contabilizados na última semana vieram do interior; os 57% restantes, das regiões metropolitanas. O aumento dos registros no interior (e, consequentemente, a queda nas regiões metropolitanas) também foi de três pontos.

"Nós estamos vivendo e aprendendo o comportamento da doença. Em São Paulo, o número de casos começou a subir, assim como em Minas Gerais e no Sul, mas isso reflete a interiorização da doença, que saiu da capital e migrou para o interior. Em estados com municípios do interior com população maior, como São Paulo, isso pode refletir no número de novos casos", justificou Medeiros.