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Covid: Brasil registra 58.080 novos casos em 24 h; mortes passam de 84 mil

Profissional de saúde faz teste para detectar o coronavírus em motorista no Hospital Geral de Fortaleza - Divulgação/Governo do Ceará
Profissional de saúde faz teste para detectar o coronavírus em motorista no Hospital Geral de Fortaleza Imagem: Divulgação/Governo do Ceará

Do UOL, em São Paulo

23/07/2020 19h19Atualizada em 23/07/2020 23h44

O Brasil passou da marca de 84 mil mortes provocadas pela covid-19 no segundo dia com maior número de novos casos confirmados da doença. De acordo com levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, as secretarias estaduais passaram a contabilizar, nas últimas 24 horas, mais 1.317 óbitos e 58.080 novos diagnósticos de infecção pelo novo coronavírus.

Agora, no acumulado desde o início da pandemia, o país tem 84.207 vítimas da covid-19. O total de infectados em todo o Brasil, segundo o consórcio de imprensa, chegou a 2.289.951.

O recorde de casos registrados em um período 24 horas no levantamento do grupo de veículos foi registrado ontem, quando as secretarias somaram 65.339 diagnósticos.

A média móvel indica que o Brasil teve 1.055 mortes por dia na última semana. O consórcio de imprensa passou recentemente a divulgar esse dado, que calcula a média de óbitos observada nos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para acompanhar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

Segundo o levantamento, apenas quatro estados apresentaram queda na variação do número de mortes: Alagoas (-18%), Amazonas (-18%), Ceará (-42%) e Rio Grande do Norte (-17%). Entre as regiões, o Sul apresentou alta de 50%, enquanto as outras mantiveram estabilidade.

Veja a oscilação dos estados:

  • Aceleração: AP, GO, MS, PB, PR, RO, RR, RS, SC e TO
  • Estabilidade: AC, BA, DF, ES, MA, MG, MT, PA, PE, PI, RJ, SE e SP
  • Queda: AL, AM, CE e RN

Balanço do governo também apontou 2º dia com mais casos

Já o Ministério da Saúde passou a contabilizar, nas últimas 24 horas, 1.311 novas mortes em decorrência da infecção provocada pelo novo coronavírus. O boletim oficial divulgado hoje aponta que o Brasil agora tem 84.082 óbitos causados pela covid-19 desde o início da pandemia.

Segundo o governo federal, de ontem para hoje foram acrescentados aos registros 59.961 novos diagnósticos da doença. Foi o segundo maior dia em notificações. O recorde foi registrado ontem, quando o ministério confirmou 67.860 casos em 24 horas. O total de infectados no país chegou a 2.287.475.

A pasta também divulgou que o total de pacientes em acompanhamento atualmente é de 633.156. Outros 1.570.237 casos já são considerados como recuperados.

Brasil já tem 1% da população infectada

Desde a divulgação dos números de ontem, o país chegou a oficialmente à marca de 1% da população infectada pelo novo coronavírus.

Dos mais de 211 milhões de habitantes, conforme o IBGE, mais de 2,2 milhões foram infectados pela covid-19. Isso representa 1,05% de contaminação. Apesar disso, o país testa pouco a população, ou seja, os números podem ser muito maiores que os registrados.

Também de acordo com o IBGE, aproximadamente 2,4 milhões de pessoas (ou 1,1% da população) apresentavam pelo menos um dos sintomas conjugados de síndrome gripal que podem estar associados à covid-19 no mês de junho.

Segundo a pesquisa PNAD Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada hoje, essas pessoas reclamaram da perda de olfato ou paladar, febre, tosse, dificuldade de respirar ou dor no peito. Em maio, elas eram 4,2 milhões.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.