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Covid: Brasil chega a 98.644 mortes com 1.226 novos óbitos em 24 horas

Enterro de vítima do coronavírus no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo - Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
Enterro de vítima do coronavírus no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/08/2020 18h22Atualizada em 06/08/2020 20h15

O Brasil chegou hoje a 98.644 registros de mortes causadas pela covid-19. De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, os dados das secretarias estaduais apontaram a inclusão nas últimas 24 horas de 1.226 novos óbitos em decorrência do novo coronavírus em todo o país.

Os números apurados pelo consórcio de imprensa também mostram que os estados incluíram 54.801 novos diagnósticos de covid-19 de ontem para hoje nos registros, o que eleva o total de infectados a 2.917.562, aproximando o Brasil também da marca de 3 milhões de casos.

A média móvel é de 1.038 registros de novas mortes por dia na última semana em todo o país. O consórcio de imprensa passou recentemente a divulgar esse dado, observado com base nos números de óbitos dos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para acompanhar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

Com base no levantamento do consórcio, dez estados apresentaram desaceleração na média móvel de mortes nesta quinta ao passo que sete tiveram comportamento oposto, com alta nos números, na variação dos últimos 14 dias.

Entre as regiões, só o Norte apresentou redução e apenas o Sul teve alta. As outras três mantiveram-se estáveis, como a média nacional. Veja as oscilações nos estados:

  • Aceleração: MG, MS, PR, RN, RS, SC e TO
  • Estabilidade: AC, AM, BA, CE, DF, GO, MT, PI, RR e SP
  • Queda: AL, AP, ES,MA, PA, PB, PE, RO, RJ e SE

Ministério da Saúde inclui 1.237 novas mortes em 24 horas

O novo balanço publicado hoje pelo Ministério da Saúde indica que foram contabilizadas, nas últimas 24 horas, mais 1.237 novas mortes provocadas pela covid-19. O número de vítimas da pandemia do novo coronavírus agora chegou a 98.493 em todo o Brasil.

O governo federal também incluiu nos registros de ontem para hoje 53.139 novos diagnósticos confirmados da doença. O total de infectados agora no país está em 2.912.212.

O boletim do ministério indicou ainda que o país tem 766.059 pacientes em acompanhamento. Segundo a pasta, 2.047.660 casos já são considerados como recuperados.

Instituto vê chance de vacina para registro em outubro

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje ser possível ter uma vacina contra a covid-19 pronta para registro em outubro. Em junho, o Butantan firmou parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes avançados de uma vacina. As declarações foram dadas em audiência pública virtual da Câmara dos Deputados para debater o desenvolvimento da imunização.

No momento, a vacina está sendo testada em cerca de 9.000 voluntários em seis unidades federativas —São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro— sob a coordenação e o acompanhamento do Butantan.

Se a vacina for clinicamente bem-sucedida, o Butantan a submeterá para registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Caso aprovada pela agência, poderá ser distribuída para o SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do governo federal.

"Poderemos ter (a vacina) a partir agora de outubro. O processo de preparo para a formulação e o envase já se iniciou. Todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram. Então, poderemos ter a vacina. A grande pergunta é se estará registrada e aprovada pelo estudo clínico e poderá ser utilizada. Sou muito otimista. Acho que um prazo razoável seria janeiro de 2021 dado o desempenho até o presente momento", afirmou Covas.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.