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Ministério da Saúde aponta aumento de 4% em mortes por covid em 7 dias

Michael Dantas/AFP
Imagem: Michael Dantas/AFP

Do UOL, em São Paulo

26/08/2020 18h59Atualizada em 26/08/2020 20h13

O boletim epidemiológico da 34ª semana do coronavírus no Brasil, apresentado hoje pelo Ministério da Saúde, indica um aumento de 4% das mortes em relação à semana anterior. Os novos casos de covid-19 diminuíram, segundo o governo.

Os dados apresentados pela pasta apontam que, entre os dias 16 a 22 de agosto, o país teve 7.018 óbitos em decorrência da doença, ante 6.755 na semana anterior. Treze estados tiveram incremento de mortes, dois ficaram estáveis e 12 apresentaram diminuição de acordo com o ministério.

O governo Bolsonaro não utiliza a mesma metodologia do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte, que contabiliza os dados a partir do que é informado pelas Secretarias de Saúde de cada estado. Enquanto o governo informa em 117.666 mortes até agora, o consórcio aponta 117.756.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Eduardo Macário, justificou a alta no número de mortes com atualizações em registros anteriores.

"Os óbitos foram em meses anteriores, junho e julho, que ainda aguardavam a sua elucidação. Muitas vezes, o óbito tinha características clínicas bem pronunciadas, só que, como o exame foi coletado e não deu resultado positivo ou foi inconclusivo, esse óbito continuou sendo investigado", afirmou.

Com relação aos casos registrados, foram 13% menores do que no boletim anterior, ou 265.266 novas infecções contra 304.684 alcançadas na semana anterior.

O Brasil passou da marca de 117 mil mortes e acumula um total de 3.717.156 casos confirmados.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.