Saúde diz que ideal seria haver mais testes, mas pede 'empenho' dos estados
O Ministério da Saúde admitiu hoje, em coletiva realizada na Esplanada dos Ministérios, que o desejável era que mais testes de covid-19 estivessem disponíveis para a população brasileira, mas apontou que os estados também têm uma parcela da culpa.
Segundo Élcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, a detecção do novo coronavírus pode ser feito por outros meios além do teste, porém, ele pediu mais "empenho" dos estados com os testes distribuídos pelo governo federal.
"O diagnóstico não é feito apenas por teste. O teste tem a sua finalidade e a indicação ocorre por um médico. [Mas] O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clinico/físico, com um suporte por imagem, pelo exame clínico com o suporte laboratorial e com investigação epidemiológica [...] O desejável era que tivéssemos testado mais, mas estamos enviando todos os nossos esforços.", indicou.
Segundo ele, a capacidade inicial de produção de testes RT-PCR saltou de 28 mil por dia, pelas plataformas da Fiocruz, para 75 mil por dia. A projeção é que o governo consiga alcançar a marca de 115 mil testes/dia.
Franco também afirmou, na coletiva, que o Ministério da Saúde distribuiu mais de seis milhões de testes aos estados e que apenas pouco mais de dois milhões foram feitos no sistema público.
"Temos testes distribuídos e a relação entre distribuídos e realizados ainda é pequena. Os estados dispõem de testes, então os médicos devem prescrever e os estados processar ou encaminhar para as plataformas", disse.
"Distribuíamos mais seis milhões de testes e pelo sistema público realizamos apenas pouco mais de dois milhões. Ou seja, realizamos menos da metade do que foi distribuído. Estamos nos esforçando, mas tem que ter empenho dos estados também em processar, demandar pelo médico e o que extrapolar a capacidade ser encaminhado para as plataformas", finalizou.
Mais de 13 milhões de testes
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje um levantamento de julho, que indica que mais de 13,3 milhões de testes foram feitos para o coronavírus.
A contagem foi de todos os tipos de testagem, de swab a furo no dedo até coleta de sangue na veia — reunindo os sistemas particular e gratuito de saúde. Do total, 2,7 milhões tiveram resultado positivo, segundo a pesquisa, ou seja: 20,4%.
Pelo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 118.649 mortes em decorrência da doença e mais de 3,7 milhões de casos.
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