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Vacina russa contra o coronavírus poderá ser usada no DF, diz secretário

Osnei Okumoto, Secretário de Saúde interino do Distrito Federal - Breno Esaki/Agência Saúde
Osnei Okumoto, Secretário de Saúde interino do Distrito Federal Imagem: Breno Esaki/Agência Saúde

Do UOL, em São Paulo

28/08/2020 09h13

O Secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, se encontrou hoje, em Brasília, com o embaixador da Rússia, Sergey Akopov. O intuito da conversa foi conhecer a vacina contra a covid-19 que o país desenvolve.

Em entrevista à TV Globo, o secretário afirmou que a vacina é promissora e poderá ser usada na capital federal.

"Estamos em um momento muito importante, conhecendo a tecnologia russa na produção da vacina contra o coronavírus. Esse trabalho é muito importante porque há possibilidades dentro das 240 vacinas em análise hoje no mundo. Quanto mais vacinas tivermos disponíveis, melhor para toda a população mundial", disse Okumoto.

"E a vacina russa, conhecemos hoje especificamente toda a sua proposta. Estaremos, então, através de um protocolo de intenções, dando início ao processo onde poderá ser benéfica essa produção dessa vacina aqui para o Distrito Federal", acrescentou.

Osnei Okumoto havia sido exonerado do cargo de Secretário de Saúde do Distrito Federal em março deste ano. O secretário, porém, retornou ao cargo de forma interina após a prisão de Francisco Araújo, há três dias.

Acordo com o Paraná

O Paraná assinou, no dia 12 de agosto, um entendimento com o governo da Rússia para participar de testes com a vacina anunciada e, talvez, importar a tecnologia para produzi-la no estado.

Um grupo de cientistas e pesquisadores receberá a documentação com informações sobre a vacina e vai avaliar o que for apresentado. A partir daí, deve encaminhar os protocolos à Anvisa e, em caso de aprovação, iniciar a testagem no estado.

Secretário de Relações Internacionais do Paraná, Luís Carlos Mascarenhas projeta que testes com a vacina russa contra a covid-19 no estado podem ter início daqui a 20 ou 30 dias. Já o diretor-presidente do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), Jorge Callado, disse que a produção pode ter início no segundo semestre de 2021.

O que se sabe sobre a vacina

No dia 11 de agosto, a Rússia se tornou o primeiro país a registrar oficialmente uma vacina contra o coronavírus e declará-la pronta para uso, apesar do ceticismo internacional. O presidente Vladimir Putin disse que uma de suas filhas já foi vacinada.

Putin ressaltou que a vacina passou pelos testes necessários e se mostrou eficaz, oferecendo imunidade duradoura ao coronavírus. No entanto, cientistas nacionais e internacionais alertam que a pressa em começar a usar a vacina antes dos testes da fase 3 —que normalmente duram meses e envolvem milhares de pessoas— pode ser um problema.