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'É um animador de televisão. Um inconsequente', diz Guedes sobre Mandetta

Guedes afirmou que Mandetta tinha problemas de gestão e não conseguia fazer um bom trabalho de logística na Saúde - Adriano Machado
Guedes afirmou que Mandetta tinha problemas de gestão e não conseguia fazer um bom trabalho de logística na Saúde Imagem: Adriano Machado

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

29/10/2020 11h57

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), é animador de televisão e inconsequente.

As declarações de Guedes foram uma resposta às críticas de Mandetta, que afirmou que não teve apoio do Ministério da Economia no combate ao coronavírus.

Segundo Guedes, desde o início do combate ao coronavírus o Ministério da Economia liberou recursos para o Ministério da Saúde.

Ele disse que Mandetta tinha problemas de gestão e não conseguia fazer um bom trabalho de logística para entregar aparelhos e medicamentos para os diversos estados.

Guedes elogiou o trabalho do atual ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. "Ao invés de animador de televisão, agora começou a ter entrega", disse.

Privatização do SUS seria 'insanidade'

Também hoje, Paulo Guedes disse que a privatização do SUS (Sistema Único de Saúde) nunca esteve em análise no governo e seria uma insanidade.

Segundo ele, houve uma interpretação equivocada do decreto presidencial que permitia estudos para parcerias entre os setores privado e público para construção e administração de UBS (Unidades Básicas de Saúde). Após a repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revogou o decreto.

Guedes afirmou que a pandemia do coronavírus mostrou a importância de o Brasil ter um sistema descentralizado de saúde, nos moldes do SUS.

"O SUS mostrou a decisiva importância de se ter um sistema descentralizado de atendimento de saúde. E isso ficou claro durante a crise. Seria um contrassenso falar em privatizar o SUS. Eu garanto que jamais esteve sobre análise a privatização do SUS. Isso seria uma insanidade", disse.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.