Anvisa envia informações sobre CoronaVac ao STF
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou hoje informações técnicas sobre a CoronaVac ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski deu 48 horas para que o órgão fornecesse explicações aprofundadas sobre o atual estágio de testes da vacina.
A CoronaVac é a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.
De acordo com a Anvisa, foram enviadas ao STF informações que demonstram um rigoroso rito técnico e científico nas medidas adotadas pelo órgão. A Anvisa ressalta que tem como princípio a imparcialidade e isonomia.
"Trata-se de informações que demonstram que as medidas em curso adotadas pela agência acerca do desenvolvimento de todas as vacinas em estudo no país seguem rigorosamente o rito técnico e científico previsto em protocolos internacionais e no regulamento em vigor na Anvisa", explicou o órgão em nota divulgada.
"Com observância da isonomia, da imparcialidade e especialmente dos preceitos de confidencialidade, que são princípios e valores fundamentais seguidos pela Agência no seu compromisso com a população brasileira de atestar a qualidade dos dados dos estudos clínicos e a segurança dos voluntários", acrescentou.
Na manhã de hoje, a Anvisa autorizou a retomada dos testes da vacina CoronaVac. Os estudos da fase 3 tinham sido suspensos pela agência na noite de segunda-feira (9) após a comunicação de "evento grave adverso", a morte de um voluntário que testava o imunizante contra a covid-19.
O óbito, segundo o governo paulista, não está relacionado com a pesquisa. "Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação".
Fase 3 dos testes da CoronaVac
A CoronaVac está na fase 3 de testes, a última para comprovar sua eficácia. Nesta fase, os voluntários são divididos em dois grupos: um recebe a vacina e outro, placebo —uma substância sem efeito. Somente um comitê internacional sabe quem tomou ou não o imunizante.
Os voluntários são monitorados por este grupo porque é preciso que 61 deles sejam infectados pelo novo coronavírus. Os testes do imunizante desenvolvido pela Sinovac ocorrem em outros países, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), como Indonésia e Turquia.
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