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Com 676 mortes em 24 h, Brasil volta a ter média de óbitos acima de 500

Brasil ultrapassou a marca de 5,9 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia - Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo
Brasil ultrapassou a marca de 5,9 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia Imagem: Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/11/2020 18h44Atualizada em 18/11/2020 08h40

O Brasil registrou 676 por causa da covid-19 nas últimas 24 horas e voltou a apresentar média móvel de óbitos acima de 500. A última vez que o país teve uma média tão alta foi em 21 de outubro. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Ao todo o país já tem 166.743 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. De ontem para hoje, foram registrados 32.262 novos testes positivos para a doença. O total de infectados desde o começo da pandemia subiu para 5.909.002. Foram 557 mortes em média nos últimos sete dias.

Foram em média 557 nos últimos sete dias, o que representa uma tendência de alta de 45% na variação de 14 dias atrás.

Dados da Saúde

O Brasil registrou 685 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 166.699 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, houve 35.294 novos casos de covid-19 em todo o país de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o Brasil chegou a 5.911.758 infectados pelo novo coronavírus.

No total, 5.361.592 pessoas já se recuperaram da doença, com outras 383.467 em acompanhamento.

Catorze estados em alta

Além disso, catorze estados apresentaram aceleração. Em quatro a tendência é de queda na média diária de mortes, e a situação permanece estável em outros nove.

Entre as regiões, Centro-Oeste (44%), Sudeste (68%) e Sul (67%) apresentaram aceleração na média diária de mortes. O Nordeste (-9%) e o Norte (14%) permaneceram estáveis.

Alguns estados com números mais baixos de mortes podem apresentar uma grande variação percentual na média.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (45%)

  • Minas Gerais: aceleração (66%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (49%)

  • São Paulo: aceleração (90%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%)

  • Amazonas: queda (-25%)

  • Amapá: aceleração (129%)

  • Pará: estável (14%)

  • Rondônia: aceleração (73%)

  • Roraima: aceleração (367%)

  • Tocantins: aceleração (100%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)

  • Bahia: estável (-8%)

  • Ceará: queda (-46%)

  • Maranhão: estável (-15%)

  • Paraíba: estável (-7%)

  • Pernambuco: estável (14%)

  • Piauí: estável (0%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (89%)

  • Sergipe: queda (-55%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (7%)

  • Goiás: aceleração (27%)

  • Mato Grosso: aceleração (125%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (10%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (118%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (53%)

  • Santa Catarina: aceleração (34%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.