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Covid: Brasil registra 644 novas mortes em 24 h; óbitos passam de 168 mil

Brasil se aproxima da marca de 6 milhões de infectados pelo novo coronavírus - RICARDO MORAES
Brasil se aproxima da marca de 6 milhões de infectados pelo novo coronavírus Imagem: RICARDO MORAES

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/11/2020 18h26Atualizada em 19/11/2020 20h43

O Brasil registrou 644 óbitos por causa da covid-19 nas últimas 24 horas e entrou em seu quinto dia consecutivo com tendência de aceleração na média móvel de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Com uma média de 544 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de 54% com o mesmo período de duas semanas atrás, o que indica aceleração. Além disso, esse é o terceiro dia seguido que o país tem média acima de 500, um feito que não se repetia desde 21 de outubro.

Com isso, o país atinge um total de 168.141 óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia. Foram confirmados 35.686 testes positivos para o novo coronavírus no país de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o total de pessoas infectadas chegou a 5.983.089.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde também divulgou hoje que o Brasil registrou 606 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença desde o início da pandemia chegou a 168.061.

De ontem para hoje, houve 35.918 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, 5.981.767 pessoas foram infectadas.

No total, segundo o Ministério, 5.407.498 pessoas se recuperaram da doença e outras 406.208 estão em acompanhamento.

Treze estados em alta

Segundo os números do consórcio de veículos de imprensa, 13 estados também apresentaram tendência de alta na média de mortes, enquanto outros nove tiveram queda. Quatro estados e o Distrito Federal mantiveram estabilidade.

Três regiões tiveram alta: Centro-Oeste (50%), Sudeste (96%) e Sul (53%). O Nordeste (-8%) e o Norte (12%) permaneceram estáveis.

É importante ressaltar, entretanto, que as altas em alguns estados podem ser explicadas pelo apagão de dados que o país viveu no início de novembro. No dia 6, o Ministério da Saúde começou a apresentar problemas em sua plataforma de registro de mortes por covid-19. Diversos estados relataram dificuldades em inserir dados na plataforma e-SUS e divulgaram informações incompletas ou até mesmo desatualizadas durante vários dias.

O estado de São Paulo foi um dos mais afetados, ficando sem divulgar mortes por cinco dias consecutivos. Nos próximos dias, esse problema no sistema deverá impactar os percentuais de tendência de alta, estabilidade ou queda nos estados afetados e também na tendência nacional.

Acompanhamento das estatísticas

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (59%)

  • Minas Gerais: aceleração (64%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (152%)

  • São Paulo: aceleração (89%)

Região Norte

  • Acre: queda (-25%)

  • Amazonas: queda (-24%)

  • Amapá: aceleração (250%)

  • Pará: estável (15%)

  • Rondônia: aceleração (17%)

  • Roraima: aceleração (400%)

  • Tocantins: aceleração (75%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)

  • Bahia: estável (1%)

  • Ceará: estável (12%)

  • Maranhão: queda (-18%)

  • Paraíba: queda (-18%)

  • Pernambuco: estável (-6%)

  • Piauí: queda (-19%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (65%)

  • Sergipe: queda (-41%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-4%)

  • Goiás: aceleração (119%)

  • Mato Grosso: queda (18%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-33%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (74%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (39%)

  • Santa Catarina: aceleração (56%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.