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Brasil soma 344 novos óbitos e tem 3 regiões com média de mortes em alta

Brasil se aproxima da marca de 170 mil mortes causadas pela covid-19 - PILAR OLIVARES
Brasil se aproxima da marca de 170 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: PILAR OLIVARES

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/11/2020 19h43Atualizada em 23/11/2020 20h39

O Brasil registrou 344 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 169.541 óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia do novo coronavírus. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Em todo o país, houve 17.585 novos casos de covid-19 registrados de ontem para hoje, totalizando 6.088.004 testagens positivas desde o começo da pandemia.

Com uma média de 496 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de 51% com relação à taxa de duas semanas atrás, o que indica tendência de alta da média de óbitos.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil registrou 302 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 169.485 óbitos em todo o país.

De ontem para hoje, houve 16.207 novos diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. O país atingiu um total de 6.087.608 infectados desde o começo da pandemia.

Segundo a pasta, 5.445.095 pessoas se recuperaram da doença, com 473.028 em acompanhamento.

Três regiões em alta

Segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa, três regiões apresentaram tendência de aceleração na média de mortes: Centro-Oeste (42%), Sudeste (118%) e Sul (19%). Nordeste (-4%) e Norte (11%) tiveram estabilidade.

Onze estados tiveram alta nesta mesma taxa. Outros seis permaneceram estáveis e nove estados e o Distrito Federal registraram queda na média de óbitos.

É importante ressaltar, entretanto, que as altas em alguns estados podem ser explicadas pelo apagão de dados que o país viveu no início de novembro. No dia 6, a plataforma de registro de mortes por covid-19 do Ministério da Saúde começou a apresentar problemas. Diversos estados relataram dificuldades em inserir dados na plataforma e-SUS e divulgaram informações incompletas ou até mesmo desatualizadas durante a semana.

O estado de São Paulo foi um dos mais afetados, ficando sem divulgar mortes por cinco dias consecutivos.

Nos próximos dias, esse problema no sistema deverá impactar os percentuais de tendência de alta, estabilidade ou queda nos estados atingidos e também na tendência nacional.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (55%)

  • Minas Gerais: aceleração (80%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (186%)

  • São Paulo: aceleração (98%)

Região Norte

  • Acre: queda (-33%)

  • Amazonas: aceleração (27%)

  • Amapá: queda (-20%)

  • Pará: estável (6%)

  • Rondônia: estável (-14%)

  • Roraima: aceleração (500%)

  • Tocantins: queda (-27%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)

  • Bahia: estável (5%)

  • Ceará: aceleração (39%)

  • Maranhão: estável (-5%)

  • Paraíba: estável (-4%)

  • Pernambuco: queda (-27%)

  • Piauí: estável (11%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-29%)

  • Sergipe: queda (-17%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-16%)

  • Goiás: aceleração (142%)

  • Mato Grosso: queda (-24%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (21%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-37%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (79%)

  • Santa Catarina: aceleração (58%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.