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Falta de empatia e ignorância podem nos levar ao lockdown em BH, diz Kalil

Para prefeito, BH não vive segunda onda de covid-19, mas está "na baderna e na irresponsabilidade" - Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo
Para prefeito, BH não vive segunda onda de covid-19, mas está "na baderna e na irresponsabilidade" Imagem: Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

25/11/2020 15h17Atualizada em 25/11/2020 15h21

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), fez um alerta hoje sobre a possibilidade de voltar a fechar a cidade caso a população continue sendo irresponsável em meio à pandemia. Ele negou que a capital mineira esteja vivendo uma segunda onda de casos de covid-19, e definiu a atual situação como "baderna".

"O relaxamento, a falta de empatia e a ignorância podem nos levar ao fechamento total da cidade [lockdown] novamente", declarou Kalil em entrevista coletiva. "Nós não vamos fechar a cidade ainda. Nós estamos aqui para avisar: acabou a notificação. Agora nós vamos fechar a porta dos [estabelecimentos] irresponsáveis."

O prefeito também disse que não lhe falta boa vontade e cobrou bares e restaurantes "que estão trabalhando direito" para fiscalizarem a "baderna". "Ô, gente, não vamos acreditar que nós estamos em segunda onda [de infecções], não, ? Nós estamos na baderna e na irresponsabilidade", repetiu.

Reeleito já no primeiro turno, com 63,36% dos votos válidos, Kalil admitiu estar sofrendo pressão para fechar a cidade e garantiu não ter medo de fazê-lo — ainda mais agora, depois das eleições.

"Nós não viemos fechar a cidade, nós viemos avisar que não temos [medo]. Se [antes] nós não tínhamos medo e não trocávamos votos por vidas, vocês imaginam agora o medo que eu estou de [perder] voto depois de eleito", ironizou. "A população respondeu na urna o que ela pensa de fechar a cidade."

BH tem 53.115 casos confirmados e 1.622 mortes por coronavírus, segundo último boletim divulgado pela prefeitura. Já o estado de Minas Gerais, que atualizou seus dados pela manhã, contabiliza 403.542 infectados e 9.858 óbitos.