CoronaVac: Governo de SP anuncia acordo com munícipios de SC
O Governo de São Paulo anunciou hoje um acordo com cidades de Santa Catarina para o fornecimento de doses da vacina CoronaVac, contra a covid-19. Para ser aplicado, no entanto, o imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ainda precisa da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ainda não foram divulgados detalhes dessa negociação —mas sabe-se que o valor de cada dose ainda não foi definido.
O diretor do instituto, Dimas Covas, vai assinar hoje à tarde um protocolo de intenções de compra com a Fecam (Federação Catarinense de Municípios). A cerimônia será realizada no Centro Administrativo do Butantan.
O governo paulista firmou um acordo com a Sinovac em setembro para adquirir 46 milhões de doses do imunizante —o que é suficiente para vacinar 23 milhões de pessoas, já que são necessárias duas doses, em um intervalo de 21 dias. O valor do contrato assinado foi US$ 90 milhões (cerca de R$ 505 milhões, à época).
Para que a vacina seja aplicada, entretanto, o Instituto Butantan —que é vinculado ao governo de São Paulo— ainda tem que enviar a documentação sobre a fase 3 de testes para a Anvisa —o que inclui a taxa de eficácia, que ainda não foi confirmada. A previsão é que o pedido de registro seja enviado à agência reguladora na semana que vem.
Mesmo sem dar início ao processo de validação da Anvisa, na última segunda-feira (7), Doria anunciou o PEI (Plano Estadual de Imunização), que prevê a vacinação de 9 milhões de pessoas em sua primeira etapa, a partir de 25 de janeiro. Fazem parte desse grupo profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos.
No mesmo dia, o governador afirmou que vai disponibilizar 4 milhões de doses para outros estados e municípios. "O objetivo é que esses estados possam iniciar imunização dos seus profissionais de saúde, público prioritário no combate à covid-19, reconhecendo o sacrifício de quem arrisca a vida para salvar vidas", disse.
Negociação com Belo Horizonte
Ontem a Prefeitura de Belo Horizonte também anunciou um acordo com o Butantan para receber a CoronaVac.
Apesar dos acordos com municípios, o avanço no plano de vacinação contra o novo coronavírus de São Paulo foi criticado por governadores e pelo Ministério da Saúde.
O governo federal já lançou uma versão preliminar do PNI (Plano Nacional de Imunização), mas ainda não confirmou a data de início nem qual imunizante deve ser usado.
"Acreditamos que a gente chegue aí a metade de 2021, início do segundo semestre, já com bastante cobertura [da vacinação]", disse hoje, em entrevista, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Quatro vacinas em teste
Quatro vacinas contra a covid-19 estão em teste no Brasil. Nenhuma foi aprovada pela Anvisa.
O governo destaca que estudos clínicos das fase 1 e 2 da CoronaVac demonstraram que 94,7% dos voluntários não apresentaram reações adversas. Dos que reclamaram de efeitos, 99,7% relataram sintomas de baixa gravidade, como dor no local da injeção e dor de cabeça leve. Um artigo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina do Butantan produziu resposta imune em 97% dos participantes dos estudos.
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