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Em 11º dia de alta, Brasil tem 520 óbitos e 17 estados + DF em aceleração

Brasil se aproxima da marca de 7 milhões de casos confirmados de covid-19 - Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo
Brasil se aproxima da marca de 7 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/12/2020 18h31Atualizada em 15/12/2020 13h26

O Brasil registrou 520 novos óbitos causados pela covid-19 nesta segunda-feira (14) e completou onze dias com tendência de alta na média móvel de mortes, com 18 estados e o Distrito Federal em aceleração. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Foram 650 óbitos em média nos últimos 7 dias, o que representa uma aceleração de 24% na variação de 14 dias.

Ao todo o país já registra 181.939 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 27.419 novos diagnósticos positivos para a doença de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados no Brasil chegou a 6.929.409. Foram 651 mortes em média nos últimos sete dias.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 433 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença chegou a 181.835 desde o início da pandemia.

De ontem para hoje, houve 25.193 novas testagens positivas para a covid-19 em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 6.927.145.

De acordo com a pasta, 6.016.085 pessoas se recuperaram da doença, com outras 729.225 em acompanhamento.

17 estados + DF em alta

O país tem 17 estados mais o Distrito Federal com tendência de alta na média móvel de mortes. Entre quarta e quinta, o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.

Três estados apresentaram queda na média e outros seis mantiveram estabilidade.

Entre as regiões, o Nordeste (13%) e o Norte (1%) tiveram estabilidade. As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (52%), Sudeste (23%) e Sul (30%).

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (44%)

  • Minas Gerais: aceleração (50%)

  • Rio de Janeiro: estável (9%)

  • São Paulo: aceleração (21%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (55%)

  • Amazonas: queda (-40%)

  • Amapá: aceleração (60%)

  • Pará: estável (15%)

  • Rondônia: estável (8%)

  • Roraima: aceleração (42%)

  • Tocantins: aceleração (19%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (35%)

  • Bahia: aceleração (27%)

  • Ceará: queda (-44%)

  • Maranhão: queda (-26%)

  • Paraíba: aceleração (93%)

  • Pernambuco: aceleração (23%)

  • Piauí: estável (-8%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (106%)

  • Sergipe: estável (14%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (107%)

  • Goiás: estável (-11%)

  • Mato Grosso: aceleração (53%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (157%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (17%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (36%)

  • Santa Catarina: aceleração (36%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O UOL errou na publicação desta reportagem ao informar que o Pará registrou 16 mortes em 24 horas. O número correto é 10. Como consequência, os totais de mortes e as médias móveis do estado e do Brasil também ficaram erradas. Os dados foram corrigidos às 13h desta terça-feira, 15.