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Ministério da Saúde nega que vacinação terá início em 21 de janeiro

Imagem ilustrativa da vacina contra a covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 - Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo
Imagem ilustrativa da vacina contra a covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 Imagem: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

Do Uol, em São Paulo

17/12/2020 13h45Atualizada em 17/12/2020 14h44

O Ministério da Saúde emitiu uma nota hoje esclarecendo que não estabeleceu datas para o início da vacinação contra a covid-19. O informe vai na contramão de informações que circularam afirmando que o início da imunização ocorreria a partir do dia 21 de janeiro. Segundo a pasta, a ausência de previsão ocorre porque nenhum laboratório realizou até o momento o pedido de registro junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"As notícias veiculadas que citam o dia 21 de janeiro como uma possível data para o início da campanha de imunização não são verdadeiras. A desinformação não contribui e apenas confunde a população brasileira. Por isso, enfatiza-se a importância de os cidadãos, a imprensa e os formadores de opinião acompanharem atentamente os canais oficiais do Ministério da Saúde", diz um trecho da nota.

A pasta informou ainda que memorandos de intenção de compras foram firmados com uma série de laboratórios. O ministério disse ainda que o estabelecimento de um cronograma só será possível quando uma ou mais vacinas forem aprovadas e registradas na Anvisa. "Atingida essa etapa, as informações relativas aos processos de compra e distribuição serão divulgadas."

Hoje, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a citar uma combinação de fatores para dizer hoje que o Brasil poderá ter, em janeiro, 24,7 milhões de doses disponíveis de vacinas contra a covid-19 em janeiro.

Estamos falando, em janeiro, de 500 mil doses da Pfizer, 9 milhões de doses do Butantan e 15 milhões a AstraZeneca. A data exata é o mês de janeiro. Pode ser 18, 20 de janeiro. Mas se nós pudermos compreender que o processo vai nos dar a data (...) já nos dá um novo desenho. Isso tudo dependendo do registro da Anvisa."
Eduardo Pazuello

Expectativas para janeiro

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT) confirmou ontem que o Ministério da Saúde vai assinar um contrato de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. A declaração foi dada para a CNN após uma reunião o ministro Eduardo Pazuello e governadores.

Pazuello disse hoje que o Brasil poderá ter, em janeiro, 24,7 milhões de doses disponíveis de vacinas contra a covid-19. O número será possível caso os três principais laboratórios que firmaram parceria com o ministério efetivem acordos de compra e registrem os imunizantes na Anvisa, além de garantir a logística de distribuição.

Até o momento, nenhuma empresa ou laboratório que produz vacinas foi contratada pelo Ministério da Saúde.

CoronaVac

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse hoje, durante uma entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, que aguarda uma formalização do Ministério da Saúde para fechar o acordo que torne possível a distribuição da CoronaVac.

"Esperamos que o Programa Nacional de Imunização, além da vontade manifesta de incorporar [a CoronaVac], de fato faça a formalização e assine documentos que permitam que o Butantan entregue vacinas. É o que aguardamos. E o cronograma de início de vacinação poderá começar em janeiro".

O governador paulista João Doria (PSDB) já anunciou um plano estadual de vacinação com início em 25 de janeiro, data do aniversário da capital do estado. O governador tem cobrado com frequência a gestão Bolsonaro para que a CoronaVac seja comprada e distribuída pelo próprio Ministério da Saúde.

"Ontem assistimos à apresentação do PNI [Programa Nacional de Imunização]. É um avanço, reconhecemos, mas a opinião pública ainda espera saber quando programa será iniciado", acrescentou o governador sobre a falta de uma data de início da vacinação.