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Com 562 novas mortes, Brasil mantém média estável em 15 estados e no DF

Em meio à pandemia, consumidores lotaram a região da rua 25 de Março, em São Paulo, no fim do ano - ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Em meio à pandemia, consumidores lotaram a região da rua 25 de Março, em São Paulo, no fim do ano Imagem: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/01/2021 19h16Atualizada em 04/01/2021 20h41

O Brasil registrou 562 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 196.591 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Foram 707 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma estabilidade de -9% na comparação com 14 dias atrás. Já é o 12º dia consecutivo estável, embora seja essa uma estabilidade que se mantém em números elevados.

Na quinta-feira (30), o país registrou o maior número de mortes em apenas um dia desde agosto (1.224), consolidando o aumento na curva de óbitos que vem apresentando desde meados de novembro. Na semana passada, foram três dias consecutivos de mortes acima de mil.

Foram confirmados 22.489 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, 7.754.560 pessoas foram contaminadas.

Vale ressaltar, no entanto, que os registros de mortes nos fins de semana e feriados tendem a ficar represados devido à redução das equipes nas secretarias de saúde. Com isso, os dados são inseridos nos dias subsequentes, especialmente terças e quartas-feiras.

Dados da Saúde

Já o Ministério da Saúde registrou 543 novas mortes nas últimas 24 horas, o que eleva para 196.561 o número de pessoas morreram no país devido à doença nas contas do governo federal.

Com o acréscimo de 20.006 novas infecções confirmadas, o número de contaminados no país é de 7.753.752 desde o começo da pandemia. De acordo com a pasta, 6.875.230 pessoas se recuperaram da doença e outras 681.961 estão em acompanhamento.

Oito estados em alta

Entre os estados, sete registram aceleração na variação de 14 dias, enquanto quatro apresentam queda. Quinze mais o Distrito Federal se mantêm em estabilidade.

Três regiões do país também estão com óbitos estáveis: Centro-Oeste (-5%), Nordeste (-7%) e Sudeste (-10%). Apenas o Norte (48%) apresentou aceleração, enquanto o Sul segue em queda (-19%).

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-14%)

  • Minas Gerais: queda (-15%)

  • Rio de Janeiro: estável (-5%)

  • São Paulo: estável (-11%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (21%)

  • Amazonas: aceleração (91%)

  • Amapá: estável (4%)

  • Pará: aceleração (43%)

  • Rondônia: estável (14%)

  • Roraima: aceleração (100%)

  • Tocantins: aceleração (50%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (15%)

  • Bahia: estável (2%)

  • Ceará: queda (-39%)

  • Maranhão: estável (0%)

  • Paraíba: estável (-7%)

  • Pernambuco: queda (-24%)

  • Piauí: estável (-7%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (22%)

  • Sergipe: aceleração (20%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-11%)

  • Goiás: queda (-18%)

  • Mato Grosso: estável (-7%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (9%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-40%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-2%)

  • Santa Catarina: estável (-11%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.