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Covid-19: Fiocruz-AM acha primeira reinfecção por nova variante de vírus

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Imagem: iStock

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

13/01/2021 19h52Atualizada em 13/01/2021 20h57

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia confirmou hoje o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus no Norte. O caso ocorreu no Amazonas e é o primeiro registrado no país da nova variante do vírus, cuja origem ocorreu no mesmo estado e que tem mutações que cientistas suspeitam que facilita a transmissibilidade da covid-19.

Segundo alerta emitido pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância de Saúde, do Ministério da Saúde, a confirmação foi feita ontem pela Fiocruz Amazônia, em parceria com a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) do Amazonas, após análise da amostra de uma mulher de 29 anos, que apresentou sintomas leves.

A paciente havia sido diagnosticada primeiramente em 24 de março de 2020 com covid-19 e obteve o segundo resultado positivo para SARS-CoV-2 após nove meses. A coleta foi feita no dia 30 de dezembro por meio de um teste RT-PCR.

A variante que contaminou a mulher é a mesma que foi identificada no Japão por pesquisadores que analisaram amostras de pessoas que estiveram no Amazonas.

"No momento, não há evidências científicas para determinar a mudança na infectividade ou patogenicidade dessa cepa variante, seu impacto no diagnóstico laboratorial ou eficácia da vacina, sendo necessárias investigações mais detalhadas. Mesmo que a cepa mutante seja mutada, as medidas básicas de prevenção de infecção para indivíduos são as mesmas de antes, evitando aglomeração de pessoas, utilização de máscara e lavagem das mãos", informa o alerta do ministério

Ainda segundo o Ministério da Saúde, existem hoje 254 casos de reinfecção em investigação, com apenas uma confirmação, de uma médica do Rio Grande do Norte.

Segundo o pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, a constatação do caso é preocupante.

"Esse é o primeiro caso de reinfecção comprovado no Norte do país e pela variante nova, a mesma que foi achada no Japão. Precisamos estar alertas", afirma.