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Governo do Pará proíbe entrada de embarcações com passageiros do Amazonas

Helder Barbalho - Marcelo Camargo / ABr
Helder Barbalho Imagem: Marcelo Camargo / ABr

Robson Santos

Do UOL, de São Paulo

14/01/2021 02h45

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), postou em seu Twitter, nesta quarta-feira (13), que vai proibir a circulação de embarcações com passageiros entre o Amazonas e o Pará. Segundo o anúncio, é uma medida preventiva para conter o contágio do novo coronavírus e assim frear o avanço da pandemia no estado. A decisão será publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (14).

Os estados não são ligados por estradas, por esse motivo a contenção definida abrange somente às embarcações. Questionado sobre aeronaves, a equipe de Barbalho informou aos munícipes que estão em contato com a Infraero para encontrar formas de prevenção da covid-19.


O Amazonas é um dos estados mais afetado pelo novo coronavírus no Brasil. Até esta terça-feira (12), mais de 218 mil pessoas foram infectadas, com mais de 5,8 mil mortes. Já no Pará, foram registrados 306.029 casos e 7.366 óbitos pela doença.

Além disso, pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia apontaram que uma nova variante do novo coronavírus encontrada em pacientes japoneses tem origem no estado amazonense. As mutações achadas no vírus, até então inéditas, criaram o que será uma provável nova linhagem brasileira.

Segundo os cientistas, ainda é cedo para ter certeza, mas as mutações achadas podem significar que essa nova linhagem tem maior poder de transmissão.

Falta de oxigênio para UTIs

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pediu ajuda do governo federal e dos outros estados para ampliar o fornecimento de oxigênio líquido para a rede estadual. Segundo ele, a situação na atual fase da pandemia da covid-19 está "dramática" após o consumo passar de passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês.

"Nos últimos dois meses, saímos de 457 para 1.164 leitos. Isso ocasionou um aumento do consumo de oxigênio líquido nas unidades de saúde do estado, que passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. As empresas que fornecem oxigênio para o estado não conseguem surprir essa demanda", afirmou Lima, em post no Instagram.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta terça-feira (13) que Manaus (AM) é prioridade no combate ao novo coronavírus e que é necessário fortalecer o "atendimento precoce". O ministro cumpre agenda no estado desde domingo (10).

"Manaus é a prioridade nacional neste momento, vocês estão ouvindo do ministro da Saúde", disse Pazuello em pronunciamento em Manaus. A cidade enfrenta aumento de casos e superlotação de unidades de saúde. "Não tem como resolver essa situação se não transformarmos o atendimento precoce em prioridade, que aliás já é a prioridade do prefeito atual."